Estudo mostra que alimentos representam maior risco e exposição ao arsênio do que poeira da mineração e água consumida em Paracatu

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A Mineradora Kinross reunião a imprensa na manhã desta quarta-feira (27/01) para apresentar resultado de estudo coordenado pelos Professores Virginia Ciminelli, especialista em Hidrometalurgia Ambiental do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Massimo Gasparon, geoquímico da Faculdade de Ciências Geológicas da Universidade de Queensland (Austrália); e Professor Jack Ng, toxicologista credenciado do Centro Nacional de Pesquisa sobre Toxicologia Ambiental da Universidade de Queensland
Durante a sua fala, a Professora explicou que o arsênio (em baixas concentrações) está presente em rochas, solos e águas e que pode ser encontrado também na forma orgânica em peixes e frutos do mar e inorgânica nos minerais como arsenopirita, fertilizantes e pesticidas.
A professora esclareceu que “a exposição natural ocorre principalmente “através da água e alimentos” e que “a inalação e absorção pela pele são de pequena relevância.”  O estudo apresentado em Paracatu teve o objetivo de medir a exposição e identificar se há risco para a população de Paracatu.
Segundo a Dra., nas amostras de água coletadas diretamente na distribuição da COPASA em vários pontos na cidade e também de poços artesianos, não foi detectado arsênio entre novembro de 2005 e abril de 2011. Em estudos mais aprofundados foi encontrado um valor abaixo de 10% do limite tolerado pela Organização Mundial da Saúde.
 “-Considerando a exposição das pessoas na cidade de Paracatu através das principais rotas: ingestão (água + alimento + poeira de solo) e inalação (partículas em suspensão), concluímos que a água não é um veículo de exposição ao arsênio.” Afirmou.
No caso da poeira das casas e nas amostras de solos, a concentração de arsênio em áreas fora da mineradora é menor que a metade do mínimo aceitável pela OMS e o arsênio Bio acessível (ao ser humano) em Paracatu é de 0,4 enquanto o aceitável pela OMS é de 55.
O estudo mostrou ainda alguns alimentos – não só em Paracatu – tem uma concentração média de arsênio inorgânico maior que a poeira e a água de poços artesianos como é o caso da carne de peixe (233 nanogramas), do arroz (194 nano gramas) entre outros.
Ao final, a pesquisadora concluiu:  “-A exposição total máxima ao arsênio em Paracatu é de 0,25 microgramas, ou seja, menos de 10% da dose de referência aceita pela Organização Mundial de Saúde, portanto, a exposição é baixa e o risco é muito baixo.”  Concluiu.
Sobre os estudos com resultados contrários
Durante entrevista coletiva foi proposto por um jornalista presente que as informações contrárias que são propagadas por outros “cientistas” e profissionais de imprensa, sejam colocadas em debate e confrontadas para esclarecimento da população, contudo, a Professora afirmou que “não há esta necessidade, pela falta de credibilidade científica das publicações e informações que são disseminadas”, que tem apenas “o intuito de alarmar a população.” Acusou.
“-Eu tenho acompanhado algumas publicações que são colocadas para a população de Paracatu e vejo que a preocupação não é esclarecer, a intenção é outra. A pessoa pega os dados publicados, artigos reais, publicações internacionais e deturpa a realidade dos fatos. Não sei se mereceria a atenção ou convite para um debate porque são coisas absolutamente absurdas, que não tem nada a ver com a realidade e sem nenhum rigor científico.”  Finalizou.

Por: Glauber César

 

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