Laudo sobre acidente que matou 17 sai nesta semana

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O acidente entre um ônibus e uma carreta que matou 17 trabalhadores da empreiteira Conenge completou um mês sem que os culpados pela tragédia tenham sido identificados. A batida foi em 17 de março, na BR-040, em Felixlândia, região central de Minas. Segundo o delegado regional de Curvelo, André Pelli, as investigações são complexas e dependem do laudo feito por peritos no local do acidente e da vistoria nos veículos envolvidos. Os documentos devem ficar prontos até a próxima semana.

Ele também aguarda os depoimentos, por carta precatória, dos sobreviventes. O processo, diz o policial, pode levar dois meses.

As vítimas estavam no ônibus da Conenge, que seguia para Ipatinga com 42 trabalhadores. Quase todos eram mecânicos de manutenção que prestavam serviços em Paracatu. Quinze morreram no local e dois no hospital. Um dos feridos continua internado, mas sem risco de morrer.

O delegado quer saber, por meio do testemunho dos sobreviventes, se algum passageiro viu como o acidente aconteceu, se sabe o que pode tê-lo provocado e, principalmente, qual era o comportamento do motorista do ônibus, Armando Anselmo de Faria, nos quilômetros anteriores ao local da tragédia. 

Ouvido duas vezes, o motorista alegou, segundo o policial, que o ônibus perdeu os freios e que, embora tenha tentado, não conseguiu evitar a batida na lateral da carreta, que seguia em sentido contrário. As informações que ele prestou, porém, foram consideradas divergentes. “Vamos confrontá-las com o laudo pericial”, explica o delegado.

Os primeiros levantamentos apontam o condutor do ônibus como o responsável pela tragédia. Os laudos permitirão à polícia definir se vai indiciar Armando por homicídio culposo (sem intenção de matar) e outros crimes de trânsito. Os dois batedores da carreta afirmaram à polícia que o ônibus fez uma ultrapassagem em local proibido, em alta velocidade. 

O delegado nega atraso nas investigações. “Pela proporção do acidente e o grande número de envolvidos, este será um inquérito demorado”, avisa. O gerente da Conenge, Lindolfo Viana Neto, informou que os sobreviventes estão recebendo assistência médica, social e psicológica.

HM.

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