Condé e as razões do seu retorno aos palanques

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          Menos de nove meses antes das eleições deste ano, já não há mais dúvida de que, no momento adequado à luz do que prevê a legislação eleitoral, o prefeito de Paracatu, Olavo Condé, do PSDB, oficializará a sua candidatura à reeleição. O chefe do Executivo elenca uma série de iniciativas por ele sonhadas e desencadeadas em seu primeiro mandato, mas que não deverão estar totalmente implantadas por razões adversas até dezembro próximo, o que o anima a enfrentar as urnas novamente, de forma a dar sequência a ideias e ideais a partir de janeiro de 2017.
          Condé diz que a crise política e administrativa generalizada, as dificuldades econômicas e conjunturais do momento, que não eram tão perversas quatro anos atrás, aliadas aos entraves burocráticos e jurídicos, em muito vêm amarrando não só a sua, mas toda e qualquer administração pública brasileira. O resultado  é que muitos projetos engatilhados, como alguns dos seus, acabaram não fluindo com a dinâmica desejada e razoavelmente esperada.
          Assim, o que em circunstâncias normais poderia ser feito num mandato, nestes tempos difíceis, está as exigir prazo de implantação extra e esforço maior, embora os avanços obtidos pelo seu governo,  no seu modo de entender, tenham sido significativos. Governos estaduais e prefeituras de todo o Brasil têm atrasado pagamentos; amargado, dentre outros, até a paralisação do sistema público de saúde; e anunciado parcelamento da folha do funcionalismo, bem  como a suspensão do pagamento a terceiros. Enquanto isso, a administração municipal local, para ficar só num exemplo, não sem sacrifícios, quitou o décimo-terceiro salário no início de dezembro. Mas outras iniciativas foram desaceleradas.      
          Dentre os projetos  que não  estarão totalmente concluídos em 2016, grande parte em razão da crise que castiga todo o Brasil – justificativa ou desculpa? -, o prefeito cita a implantação do Centro Administrativo, a ser erigido no bairro Paracatuzinho, futura sede da Prefeitura Municipal, com suas secretarias e órgãos. Adiciona a prometida regularização fundiária apoiada pelo Município, mas que depende da justiça tradicionalmente morosa,  com a escrituração de cerca de 24.500 imóveis e a consequente habilitação dos mesmos aos financiamentos habitacionais, o que representaria uma injeção de cerca de 62 milhões de reais na economia do município.
          O prefeito Condé diz que a ligação dos bairros Santana e Paracatuzinho, inclusive com o alargamento de pontes e acesso sobre o Córrego Rico, precisa chegar ao seu desfecho, o que não estaria garantido, senão por uma administração comprometida com tal projeto. O mesmo poderia acontecer com a  implantação de usina de energia solar,  à qual ele concedeu anos de  isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), mas que, em contrapartida, nestes tempos de desemprego,   gerará cerca de mil empregos em sua fase e implantação e garantirá um mínimo de  100 novos empregos fixos a posteriori –  tudo sonhado e iniciado em seu governo, mas a começar produzir bons frutos somente a partir de  2017.  

          Resumo da ópera: Condé admite que, por circunstâncias alheias à sua vontade, e das quais não se considera culpado, mas vítima,   alguma coisa planejada e prometida ficará para trás ao final de 2016. Daí postular a chance de concluí-las a partir de 2017. Entenderá e aceitará o eleitorado as suas alegadas razões?  As urnas de outubro dirão…

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