Por que será que nem os pais entendem os filhos, nem os filhos os entendem?
Acredito que não é uma questão de não entender, é uma questão de autoridade má exercida.
Existem muitos filhos que consideram seus pais verdadeiros amigos, como é o meu caso. Mas tem hora que não dá e a gente acaba discordando sobre vários assuntos afinal todo mundo concordando com tudo, não existe.
Só que se pararmos pra pensar é óbvio que os pais têm muito mais chances de estarem certos do que nós (filhos). Já passaram pelo que ainda vamos passar e provavelmente sabem como agir. Então, devemos sim escutá-los. As mães em especial, o sexto sentido é certeiro. Parece que quando ela fala aí que a coisa acontece (risos).
Porém muitos pais têm que aprender que só porque são os responsáveis, isso não implica que estejam 100% certos. Eles são seres humanos e como qualquer um pode errar. Mas em qualquer situação nada melhor que o diálogo, que por sua vez nos conforta quando tem a iniciativa dos pais. Quando crianças essa abertura é fundamental, ainda mais nos dias de hoje.
Já notou a diferença de como o conflito entre pais e filhos agrava quando somos adolescentes.
Veja só!
Um menino de sete anos, por exemplo, pede ao pai que o ajude no dever de casa, conserte a sua bicicleta e, em seguida, que lhe faça um lanche… Tudo em menos de meia hora! O adolescente, por sua vez, não pede muito. Passa semanas sem fazer nenhum tipo de pressão sobre os pais, mas, chegando o fim do mês, pede para ir passar “uns dias” na praia com “uns amigos”… E então, neste ponto, inicia-se todo um processo que pode resolver-se através do diálogo, da abertura, da confiança, ou terminar em proibições, discussões, insatisfação, revoltas, etc. Geralmente tem sempre uma “briguinha” nessas ocasiões.
Quem sabe seria uma boa solicitarmos mais vezes os nossos pais seja quando crianças, adolescentes ou adultos. São pessoas que nos querem bem, que nos amam e querem nos proteger.
O que não se pode evitar é que mesmo nos ensinando, aconselhando, avisando e etc., se teve ou não interferência de pai ou mãe, teremos que fazer nossas próprias escolhas um dia. Iremos errar pra aprender. Passaremos por situações que mesmo depois de tanto falarem no nosso ouvido: Eu te avisei, não vai adiantar, vamos “quebrar a cara”. São coisas da vida que a gente tem que aprender sozinho, mas ter a certeza do apoio dos pais “não tem preço” né?!
Valorize…
“… É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar na verdade não há… sou a gota d’água, sou o grão de areia, você me diz que seus pais não o entendem, mas você não entende seus pais… você culpa seus pais por tudo… isso é um absurdo… são crianças como você… o que você vai ser quando você crescer…” (Renato Russo)
