Não é hora de perder a esperança

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A trágica morte da doutora Zilda Arns nos pegou de surpresa. De repente, teve-se a impressão de que o Brasil inteiro ficou de luto. E não só o Brasil. Toda a América Latina. O mundo inteiro, pois sua morte repercutiu nos quatro cantos da terra. De toda parte levantaram-se vozes de pesar pelo seu inesperado falecimento. É claro que a atenção voltada para a morte de Zilda Arns não desviou e não desvia nossa atenção e nossos sentimentos da imensa tragédia que colheu mais de 200 mil vidas no Haiti. Manifestamos então nosso pesar e solidariedade a todo o sofrido povo haitiano. E além da perda de tantas vidas humanas, lamentamos a situação precária que domina boa parte do Haiti: escombros, destruição, desorientação, orfandade, alto risco de contaminação, uma população esfomeada, sujeita a assaltos e a todo tipo de violência e exploração, disputas por água e alimento etc. Um quadro de causar perplexidade. Um triste complicador de uma insustentável situação.

Em meio a tanto sofrimento, surge uma luz de esperança. Num pequeno pronunciamento, o Cardeal Dom Paulo Arns, Arcebispo emérito de São Paulo e irmão da Zilda Arns, profere uma palavra confortadora: “não é hora de perder a esperança”. Pois a vida e o trabalho de Zilda Arns foram contínuos sinais de esperança. Esperança para os pobres e excluídos. Esperança para crianças e idosos.

Esperança para inúmeras famílias e especialmente para as mães pobres. Esperança para a Pastoral da Criança e do Idoso. Esperança para uma sociedade sofrida. Esperança de um mundo melhor. Esperança de que a Pastoral da criança e a Pastoral do idoso não morrem com a doutora Zilda. Os Agentes responsáveis, mais que nunca, sentem a responsabilidade de levar adiante um trabalho que sempre suscitou e suscita esperança. Assim, o programa do consagrado aleitamento materno, o carinhoso seguimento da gestação, o consistente acompanhamento das crianças de 0 a 06 anos, a eficaz multimistura, o milagroso soro caseiro, os eficientes remédios naturais ficarão como marca indelével de uma médica pediatra e sanitarista que, fortalecida pela fé cristã e em seu incansável testemunho, deixou para a posteridade um sinal forte de esperança para todos os que acreditam no amor e buscam na solidariedade a melhoria da qualidade de vida. Por tudo isso, o inesperado falecimento da doutora Zilda Arns é um forte recado para todos: empenhemo-nos por continuar seu trabalho, sob a inspiração da palavra evangélica que sempre a impulsionou em sua ardorosa missão: “eu vim para que todos tenham vida e a tenham em plenitude” (Jo 10,10). Tem razão o Sr. Cardeal: “não é hora de perder a esperança”.

A CNBB sempre preocupada em aproximar a Igreja do povo de Deus, notadamente dos mais pobres, a exemplo das crianças carentes, desnutridas, sem lar e sem perspectiva de vida, criou a Pastoral da Criança, tendo convidado a médica pediatra Zilda Arns Neumann para coordená-la, bem como a Pastoral de Pessoa Idosa, organismos da ação social da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A Pastoral da Criança tem como objetivo salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário.
Para Zilda Arns, a educação é a melhor forma de combater a maior parte das doenças de fácil prevenção e a marginalidade das crianças para otimizar sua ação.

Tudo depende de educação. É pela educação que a criança se desenvolve plenamente para depois poder desempenhar o seu papel de cidadão na sociedade civil. A Dra. Zilda Arns com dedicação ao trabalho, durante vinte e cinco anos, por intermédio da pastoral, acompanhou 1.816.261 crianças menores de seis anos e atendeu a 1.407.743 famílias pobres em 4.060 municípios brasileiros. Neste longo período, mais de 261 mil voluntários levaram solidariedade e conhecimento sobre saúde, nutrição, educação e cidadania para as comunidades mais pobres para que pudessem ter uma vida mais alegre. Zilda Arns, em cumprimento de sua missão humanitária encontrava-se em Porto Príncipe, em 12 de janeiro de 2010, sendo uma das vítimas da catástrofe que abalou o Haiti.

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