No desfecho de um caso que chocou a cidade de Paracatu, Luiz Petrónio foi sentenciado a 16 anos e 4 meses de prisão em um júri popular ocorrido nesta última sexta-feira, dia 17 de maio. A condenação se deu pela tentativa de homicídio contra sua esposa, Rosilene, que conseguiu escapar por um triz da morte.
O crime hediondo se desenrolou em cenas de horror quando Rosilene foi brutalmente atacada com seis golpes de facão, a mulher escapou correndo de casa e foi filmada por testemunhas coberta de sangue. O relato da vítima sobre a tentativa de fuga e sua luta pela vida trouxe à tona a brutalidade do ataque.
Durante o julgamento, a advogada de acusação trouxe à luz os tormentos que Luiz Petrónio infligia não somente à sua esposa, mas também aos filhos do casal. Segundo ela, Luiz transformava a vida dos filhos em um verdadeiro inferno, chegando ao extremo de expulsar um deles de casa. A defensora ressaltou ainda a personalidade possessiva do réu, que buscava controlar todos os aspectos da vida da vítima, desde visitas familiares até escolhas simples como lavar o cabelo ou usar shorts.
O júri, composto por cidadãos atentos às nuances do caso, deliberou por longas 11 horas até chegar a um veredito. A sentença de 16 anos e 4 meses de prisão por tentativa de feminicídio reflete a gravidade do crime cometido por Luiz Petrónio.
Entretanto, a defesa do réu não poupou críticas à cobertura da mídia no caso. O advogado de defesa alegou que a exposição pública do ataque e das imagens de Rosilene ferida poderiam ter influenciado a decisão do júri, questionando a imparcialidade do julgamento.
O desfecho desse julgamento não apenas representa um passo na busca por justiça para Rosilene e sua família, mas também levanta reflexões sobre a violência doméstica e a necessidade de medidas efetivas para proteger as vítimas desse tipo de crime.