O ex-presidente Jair Bolsonaro, está traçando planos para estender as manifestações em várias cidades brasileiras em prol da anistia aos presos por atos pró Bolsonaro em decorrência das eleições de 2022.
Os seguidores de Bolsonaro têm discutido a realização de manifestações mensais contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que ele estaria minando o Estado Democrático de Direito ao supostamente censurar publicações, restringir a liberdade de expressão e promover a ditadura no Brasil.
A primeira dessas manifestações está planejada para ocorrer em maio em Joinville, seguida por Belo Horizonte em junho e Curitiba como a terceira parada deste movimento.
Para embasar sua narrativa contra Moraes e a favor da anistia, os apoiadores de Bolsonaro estão utilizando o exemplo do bilionário Elon Musk, proprietário do antigo Twitter, atualmente conhecido como X. Musk foi implicado em um inquérito sobre milícias digitais, e a Defensoria Pública da União (DPU) está solicitando uma indenização de R$ 1 bilhão por danos à democracia.
No entanto, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann, contesta veementemente essa nova abordagem. Hoffmann critica o apoio de Bolsonaro a Musk, afirmando que Bolsonaro está instigando ataques ao STF e a Alexandre de Moraes.
Bolsonaro, que almeja concorrer novamente à Presidência da República em 2026, está em campanha pela anistia como parte de sua estratégia política. Enquanto isso, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), embora tenha compartilhado palanque com Bolsonaro no passado, afirmou ter diferenças ideológicas com o ex-presidente. Questionado se ele se considera bolsonarista, Zema negou, atribuindo sua aproximação com Bolsonaro à polarização política do país. Zema declarou que participará da manifestação em apoio a Bolsonaro, programada para ocorrer em Belo Horizonte no próximo mês.
Recentemente, o Partido Liberal (PL) de Minas Gerais cogitou replicar os protestos ocorridos na Avenida Paulista e em Copacabana em Belo Horizonte. Perguntado sobre sua presença nos eventos, Zema confirmou que estará presente, destacando que eles têm um adversário em comum.
Essas movimentações políticas refletem a atual polarização e tensões no cenário político brasileiro, com os debates sobre democracia, liberdade de expressão e o papel das instituições democráticas ocupando um lugar central nas discussões e manifestações públicas.