Na reunião da Câmara Municipal desta segunda-feira, o vereador João Macedo voltou a criticar a saúde em Paracatu. “Gostaria de chamar a atenção de todos os vereadores, principalmente dos membros das CPI’s da saúde. Entendam de maneira bem clara que não adiantou nada. A saúde de Paracatu continua envolvida no manto da mentira e da falsidade!”, declarou categoricamente ao início de seu discurso.
Desta vez, munido de uma ocorrência policial, o vereador discorreu sobre um fato que aconteceu às 9 horas da manhã do dia 14 deste mês, no hospital municipal:
Um pai, preocupado com a saúde dos dois filhos (um de quatro anos e outro com apenas um ano de idade), que apresentavam sintomas como vômito e febre alta, os levou até o hospital municipal. Lá chegando, foi informado pela atendente que seus filhos não poderiam ser atendidos, pois o médico plantonista não era pediatra. Revoltado com a situação, o pai resolveu ligar para a polícia. Os militares compareceram ao local e registraram a ocorrência. Após a chegada dos policiais, o médico de plantão atendeu as crianças.
João Macedo fez duras críticas ao poder executivo, que em suas palavras, “fica embalado em publicidade mentirosa, que só serve para enganar o povo”.
O vereador disse que está orientando quem passa por situações semelhantes a adotar o mesmo procedimento, para que fique documentada a inadimplência da saúde pública. “Nós não temos o dom aqui de falar e ser verdade”, ironizou.
Macedo teve o apoio dos colegas da Câmara, que relataram situações semelhantes aonde foram procurados por pais e mães descontentes com a saúde pública em Paracatu. O vereador Joãozinho Contador falou sobre um caso aonde, sensibilizado por uma família desamparada pela saúde municipal, recorreu ao vereador e médico Doutor Romualdo, que atendeu prontamente as crianças. “Eu tinha lá comigo um pai indefeso, que não se via na condição de fazer nada. Isso revolta a gente”, comentou.
O vereador Glewton aproveitou o assunto para falar sobre a farmácia municipal, que se encontra com fila de 150 a 200 pessoas “Isso não pode ficar assim, as pessoas precisam do tratamento adequado. Sem os medicamentos, não adianta de nada a consulta com os médicos”.
Finalizando o tópico, João Macedo informou que encaminhará a denúncia ao Ministério Público, órgão competente por investigar a situação. “Como vereador e por meu cargo eletivo, vou procurar amanhã o Ministério Público e levar em mãos esta ocorrência para o promotor. E vou acompanhar de perto, pois essa safadeza não pode continuar!”, finalizou Macedo, visivelmente emocionado pela situação.
