Gestão compartilhada é a melhor saída para Saúde Pública, afirmam especialistas

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Reclamações sobre o atendimento no Hospital e nos PSF’s de Paracatu reacendem debate sobre a saúde pública na Câmara e Vereadores já concordam com especialistas que dizem que “gestão compartilhada é a melhor saída para melhoria de serviços em hospitais públicos.”
Apesar dos avanços, a saúde pública vem sofrendo em alguns casos com a falta de recursos, com as demoras nos repasses dos governos estaduais e federais e por outro lado com a burocracia que faz com que qualquer aquisição, de seringas ou produtos simples se arrastem por meses devido aos tramites legais de licitações e divergências entre empresas participantes.
Durante a última reunião na Câmara, o presidente Ragos Oliveira (PT), afirmou que os vereadores “vão ter que encarar o problema da saúde e entregar uma resposta positiva pra população”, pois, segundo ele, “da forma que está não está bom pra ninguém.”  “-Se nós não tivermos a coragem de mudar a forma de administrar o hospital municipal vamos ficar aqui só colhendo reclamações e passando pra frente, “afirmou.
A gestão compartilhada da saúde pública vem sendo vista como um caminho para sanar os problemas da superlotação nos hospitais e da falta de médicos, pois permite que as Organizações Sociais de Saúde – OSS, possam executar uma gestão mais eficiente e ágil do que o poder público, com metas de desempenho bem definidas e foco na melhoria real da qualidade do atendimento e na cura dos pacientes.
“Sabe por quê está faltando médico no posto de saúde?” questionou Ragos, “-Porque o Secretário tem que ficar o dia inteiro resolvendo problemas simples no hospital, porque se queimar um fusível de uma máquina de ultrassom no hospital vai demorar meses pra adquirir por meios legais,” respondeu Ragos.
A medida quando bem implantada e acompanhada por uma rígida auditoria, visa aliviar os cofres públicos e melhorar a qualidade do atendimento prestado.
O exemplo que vem dos vizinhos de Goiás
Segundo informações apuradas por nossa reportagem em 2013, a Secretaria do Estado de Goiás enfrentava inúmeras dificuldades para administrar seus hospitais, sendo a burocracia, o maior de todos os entraves. Vários órgãos de fiscalização e controle faziam com que a aquisição de medicamentos e insumos ou mesmo a manutenção de equipamentos demorasse, em média, um ano e meio.
Para tornar a administração mais ágil e eficiente, a SES-GO passou a compartilhar a gestão dos hospitais com organizações sociais em saúde (OSS), o que diminuiu a burocracia e permitiu a solução de problemas com mais rapidez.
O secretário de Saúde do Estado, Dr. Leonardo Vilela destacou durante uma entrevista, que a implantação do modelo em hospitais públicos resultou em melhorias no atendimento à população. “Foram registrados avanços de 137% nos atendimentos ambulatoriais e 52% nas cirurgias. Também houve um acréscimo de 71% na quantidade de leitos hospitalares”, afirma o gestor.
Encontramos na revista exame uma matéria ressaltando que dos 10 hospitais públicos que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS), 9 são administrado por Organizações Sociais de Saúde (OSS) e se destacam por oferecer um elevado padrão de atendimento à população através do certificado de excelência concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).

Para o doutor em administração pública, Humberto Falcão Martins, “O Estado futuro terá estrutura híbrida para assimilar o relacionamento com outras instituições, como as Organizações Não Governamentais (ONGs) e, conseqüentemente, evoluir em eficácia”.
Ao final, o Presidente da Câmara, vereador Ragos Oliveira, admitiu que “a gestão compartilhada irá permitir que as organizações sociais contribuam para o amadurecimento das instituições públicas”.

 
Fonte:  MS/ IBRAPP / Revista Exame
Por: Glauber César

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