Kinross emite nota contestando informações veiculadas no “Estado de São Paulo”

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A mineradora Kinross nos enviou na noite deste domingo (19/02) uma carta enviada à redação do Jornal "O Estado de São Paulo" que veiculou em todo o Brasil na última semana em seus diversos veículos de comunicação um matéria sobre os "conflitos" entre a empresa e a comunidade advindos da prática da mineração e do aumento da violência na cidade.
Na carta, a mineradora condena a forma com que os fatos foram colocados e acrescenta informações que segundo a empresa foram omitidos e prejudicam o entendimento da comunidade.
Abaixo, transcrevemos o documento na íntegra.

Paracatu, 17 de fevereiro de 2017

Carta à redação do Jornal O Estado de São Paulo

Em relação à matéria “Exploração do ouro causa tensão em uma cidade histórica" publicada nesta sexta-feira, 17 de fevereiro, a Kinross esclarece que, procurada pela reportagem para se posicionar sobre denúncias e alegações, respondeu com fatos e dados, além de ter colocado à disposição três porta-vozes. Ainda assim, consideramos que algumas informações divulgadas na matéria demandam esclarecimentos.
A Kinross Brasil Mineração começou suas operações em Paracatu em 2006, quando adquiriu a mina da empresa Rio Paracatu Mineração, controlada pela Rio Tinto. Desde 2006, a empresa e vem conduzindo suas operações dentro das leis ambientais vigentes. As terras adquiridas pela empresa a partir do início da gestão da Kinross pertenciam a fazendeiros, não a quilombolas.
É importante esclarecer que o arsênio não é usado na mineração de ouro, dito na matéria. O arsênio é um elemento químico encontrado em abundância na terra. No caso de Paracatu, o arsênio encontra-se naturalmente associado aos solos, sedimentos e à mineralogia das rochas oxidadas e sulfetadas, contendo minerais como a arsenopirita, presentes na formação geológica do Morro do Ouro, onde opera a Kinross. Portanto, os índices de arsênio encontrados com frequência nos cursos d’água da região se devem à presença natural do elemento no solo, ou ainda à antiga atividade garimpeira naqueles locais, que se encontram fora da área da empresa.
Em janeiro de 2016, a Kinross apresentou à população de Paracatu, autoridades e imprensa o Estudo Avaliação da Exposição ao Arsênio da População de Paracatu, coordenado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Recursos Minerais Água e Biodiversidade (INCT-Acqua) em parceria com a Universidade de Queensland e o Centro de Toxicologia Ambiental da Universidade de Queensland (Entox), na Austrália. Os resultados do estudo do INCT complementam o relatório do cetem e esclarecem realmente algumas das perguntas levantadas anteriormente no estudo do CETEM – Centro de Tecnologia Mineral.
O estudo do INCT / Entox, realizado por alguns dos maiores especialistas do mundo no assunto, revelou que os níveis de arsênio na água, solo, poeira e alimentos em Paracatu estão abaixo dos padrões de segurança nacionais e internacionais. Os dados obtidos durante sete anos de pesquisas mostraram que a exposição ao arsênio em Paracatu é baixa. Os resultados mostram que os níveisde arsênio na água, solo, poeira e alimentos em Paracatu estão abaixo dos padrões de segurança
nacionais e internacionais.
Sobre as mortes de garimpeiros na área da Kinross, a empresa lamenta profundamente os fatos ocorridos em decorrência das invasões às suas instalações por criminosos. A unidade da Kinross é uma área industrial com acesso restrito ao público e, como ocorre em toda área operacional, existem riscos para as pessoas que ultrapassam os limites da propriedade. A empresa entende que a invasão de sua área é uma ação ilegal. O local invadido é inapropriado para a entrada de pessoas em função do pequeno diâmetro e da ausência de oxigênio.
Sobre a gestão das barragens, a Kinross possui um Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM), previsto pelo DNPM, e também faz parte do grupo que integra o Plano de Ajuda Mútua (PAM) do Município de Paracatu, que é formado por autoridades de segurança e empresas do município, que já mapearam os riscos e também os recursos que cada um pode deixar à disposição em casos, por exemplo, de acidentes na estrada ou incêndios florestais.
Em novembro de 2016, as empresas que fazem parte do PAM, incluindo a Kinross, realizaram diversos simulados de emergência para orientar a população vizinha às barragens, dentre elas as comunidades de Santa Rita e Machadinho, Lagoa de Santo Antônio, Cunha e São Pedro.
Em relação ao uso da água, a Kinross recircula aproximadamente 87% da água utilizada em suas atividades, captamos apenas 11% da nossa necessidade e os 2% restantes vêm das chuvas. É de conhecimento público, além disso, que do total da água captada na região de Paracatu, cerca de 10% se destina à indústria, o que inclui a mineração.
A outorga de captação no Ribeirão São Pedro é feita para atender a parte do volume remanescente necessário, respeitando o volume mínimo de vazão a ser mantido no ribeirão, conforme atestam os monitoramentos periódicos enviados ao órgão ambiental. A empresa afirma que as águas captadas nos barramentos, que estão localizados na sub-bacia do Santa Rita, passam por um sistema de tratamento antes de serem devolvidas aos córregos. Toda a operação da Kinross é devidamente licenciada, inclusive passando por audiências públicas e fiscalização dos órgãos responsáveis. A gestão de águas é feita de acordo com a legislação e com o acompanhamento dos órgãos reguladores, que recebem os relatórios de monitoramento regularmente.
A Kinross adota uma série de medidas para garantir a segurança e a sustentabilidade de suas operações em Paracatu. Tais medidas incluem monitoramento ambiental rigoroso, procedimentos de controle de poeira, elaboração de relatórios periódicos para as autoridades ambientais, avaliação anual das instalações de rejeitos e exames médicos voluntários bianuais para todos os empregados, que apresentam índices seguros em relação a Arsênio. A Kinross adota práticas de mineração consolidadas e está comprometida com a segurança do meio ambiente e das comunidades locais.
Kinross Brasil Mineração

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