Matutações “Eleitorais”

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As eleições passaram e ficaram feridas, mágoas, decepções, alegrias… Conversava com um candidato eleito, que pouco conhecia e sua eleição foi uma surpresa para mim. Dizia ele: “agora aqueles que não me apoiaram vão ver”… Interessante como ficam esses sentimentos…

Fiquei matutando…

A proposta de Jesus Cristo é uma conduta: amar efetivamente todo ser humano, inclusive e, sobretudo aquele que não lhe é favorável, o inimigo! O princípio é ultrapassar o princípio do amor ao próximo tal como enunciado no Antigo Testamento, que ainda conservava um sentido restritivo – Mt 5,44.

Porém, de que tipo de amor se trata? Certamente não tem nada de uma ternura espontânea, feita de afinidade, a qual seria, aliás, impossível num caso de um “inimigo”. É um amor que deriva do querer, e se possível fazer, o bem ao “outro”, independemente daquilo que o “outro” deseja ou faz por você. Isto implica em enfrentar alguns constrangimentos. Mais ainda, é necessário deixar o campo puramente psicológico, pois o amor cristão – a caridade, inspirada no testemunho de Jesus – deve exercer-se sob forma de bondade ativa e chegar a efeitos e benefícios concretos.

Para Jesus alguém se torna filho de Deus a partir do momento em que começa a praticar o amor aos inimigos – v.45, à imitação de Deus que reparte suas graças e benefícios sobre todos os homens sem distinção. Ser filho de Deus se “prova” na fidelidade e na obediência. E essa conformidade ao querer divino se expressa já na ética judaica sob a forma da imitação da conduta divina, em linha direta com a convicção de ser o homem imagem de Deus – Lv 19,20

O cristão deve ir além da conduta que manda amar o próximo como a si mesmo, além da justiça dos escribas e fariseus. Deve fazer “a mais” do que a sociedade secularizada espera e propõe. Deus, por seu exemplo, chama a um ultrapassar-se constante e sem limite: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” – v.48. A identidade de Deus se manifesta em seu Filho Jesus Cristo, que toma a natureza humana e vive e revela humanamente o desafio de amar como Deus ama.

Jesus propõe a seus discípulos não colocar limites quanto às exigências do amor. Não propõe apenas uma arte de viver neste mundo, mas uma obrigação positiva, um ministério do amor. Vai muito além do próprio dever do perdão: apesar de incluí-lo, a exigência de Jesus de amar os inimigos vai mais longe, rejeitando o que ainda possa subsistir de condescendência mesmo no perdão, indo até o ponto de esquecer a ofensa feita para não mais pensar senão no dom generoso de si, sem nenhum ressentimento e intenção escondida

É o desafio do ser cristão…

 

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