Vasquinho, “candidatíssimo”?

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          O ex-prefeito Vasco Praça Filho, ainda no PMDB, acaba de transpor uma importante barreira na corrida de obstáculos, objetivando o seu retorno à Prefeitura de Paracatu após  as eleições municipais de em 2016. A Câmara Municipal, com o apoio da bancada do PSDB, na reunião do dia 02/03, removeu um entrave a isso: acatou parecer do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE), que recomendava a aprovação das contas do Município, então sob a sua gestão, referentes ao exercício de 2010. Assim, sem essa amarra, Vasquinho está livre e solto para, no momento legalmente correto, lançar a sua candidatura.

          Foi uma novela, em cujo capítulo final ficou evidenciado o papel do vereador Osvaldinho da Capoeira, do PMDB, relator do projeto de aprovação/reprovação do parecer do TCE. É que aquele Tribunal, anteriormente, havia sugerido a rejeição das contas de Vasquinho relativas a 2010. Isso porque, no exercício financeiro em referência, houve superávit orçamentário, com o então prefeito aplicando a receita-extra em obras públicas, porém, sem autorização prévia da Câmara, que é obrigatória por lei.

          O Tribunal, assim, opinou primeiro pela rejeição da prestação de contas, parecer que a Câmara acatou e poderia barrar uma nova candidatura de Vasquinho. Saneadas as pendências, o TCE analisou a documentação e concluiu não ter havido qualquer prejuízo ao erário, exarando novo parecer, agora contrário ao que ele próprio emitira antes. Chamada a opinar novamente, a Câmara aprovou, por treze votos a três, o novo parecer do Tribunal.  Pode-se dizer que, tecnicamente, o ex-prefeito é pré-candidato no momento, mas, politicamente (embora não diga e nem pode, por causa da lei eleitoral), que ele “está candidatíssimo” – jargão político que significa quase certo.

          Resta saber que rumo partidário tomará o ex-prefeito, apontado a boca miúda como o preferido pela opinião pública na atualidade, havendo forte tendência de ele caminhar rumo ao Partido Verde (PV). No PMDB, ele ainda é uma liderança, mas existem setores que não o perdoam, por ter divergido da legenda e apoiado as candidaturas adversárias tucanas de Aécio Neves (presidente), Pimenta da Veiga (governador) e Augusto Anastasia (senador) nas eleições do ano passado. Existe também a resistência da família Andrade Porto, ligada por laços políticos e sanguíneos ao vice-governador Antônio Andrade, clã que não quer nem ouvir falar no nome do ex-prefeito. No frigir dos ovos, descartará o PMDB um campeão de votos? Se isso acontecer, a provável opção peemedebista deverá ser o nome do maçom e médico Bebeto Rabelo, que também tem a simpatia de parte do PT.

          Coisas que dão o que pensar: não estaria sendo pensada a futura formação de uma “dobradinha” imbatível entre Vasquinho e Bebeto, com o compromisso de, com o apoio dos governos estadual e federal, o vice (ou outro nome do grupo) ser apoiado como candidato a deputado em 2018? A bancada do PMDB na Câmara votou pela aprovação das contas de Vasquinho. Isso significa que ele ainda tem força e poderia bater chapa internamente, numa disputa de legenda na hora do “vamos ver”, e ser o candidato oficial do partido? Por que a bancada do PSDB do prefeito  Olavo Condé votou pela aprovação das contas de 2010, dando a Vasquinho a chance e disputar a Prefeitura em 2016?

           Eta bicho enxerido é o tal de repórter, que tem mania de meter a colher enferrujada  onde ninguém pediu…
 
Do Toco do Pecado – Comentários de Florival Ferreira

 

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