Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria
e calúnia, bem como de toda maldade.
(Ef 4.31)
A amargura é um mal que nasce no coração sem que, muitas vezes, a gente perceba. Simplesmente nasce, depois toma forma e vai crescendo, crescendo, até tomar conta da gente, roubar-nos a felicidade e nos transformar em pessoas ressentidas, tristes e taciturnas. A amargura pode levar à morte ou torná-la uma pessoa doente, que só abre a boca para ferir os que lhe são próximos.
Possuído de profunda amargura, Caim assassinou o seu irmão Abel; amargurado porque sabia que o Senhor Deus YHWH perdoaria os pecadores ninivitas, Jonas descumpriu a ordem que lhe fora dada e rumou para a Espanha (Társis), porque, queixou-se ele, "eu sabia que és Deus que tem compaixão e misericórdia. Sabia que és sempre paciente e bondoso e que estás sempre pronto a mudar de idéia e não castigar" (Jn 4.1-5).
Uma vez nascida, a amargura precisa ser alimentada para crescer e prosperar dentro de nós. E, para tanto, as lembranças são muito importantes: marido e mulher, por exemplo, ainda que estejam juntos há décadas, gostam de se recordar, com amargura, do mal que um fez ao outro: uma palavra que feriu, um gesto brusco, um aniversário esquecido, um presente que não fora dado quando ainda eram namorados.
O segredo para superar a amargura e o ressentimento contra o próximo, de acordo com Efésios (5.1-2), é sermos imitadores de Deus, vivendo no amor, "como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave." Por isso, se você guarda em seu coração amargura, rancor ou ressentimento contra alguém, esvazie-se desse mal que corrói e deixa amargo o seu coração. Perdoe. Ame, e viva em paz com Deus, com o próximo e consigo mesmo.
