Nenhuma novidade nesta notícia. Golpes são cada vez mais frequentes, acontecendo numa diversidade sustentada na inesgotável criatividade dos golpistas. A mais nova versão que está sendo praticada na praça tem uma engenharia fundada no pretexto de vender espaços publicitários em uma lista telefônica denominada "Guia Empresarial". A seguir, o esquema funcional do golpe que já fez e ainda faz vítimas na nossa cidade.
1) Uma determinada empresa escolhida como alvo recebe, em um primeiro momento e por correspondência via fax, um formulário identificado como "autorização de figuração", diagramado em um formato onde em sua parte superior aparecem campos em branco para inserções de dados cadastrais – razão social, endereço, telefone, CNPJ, etc -; em um segundo plano se definem espaços para serem preenchidos com informações específicas próprias a dar publicidade comercial à empresa – tipo de figuração (publicitária), título de inserção, nome fantasia, etc -; seguem-se mais três campos: em um deles está escrito em letras miúdas "condições de pagamento por edição" (aí vem minúsculos quadrículos indicando "parcelado" e "via boleto bancário", além de um terceiro para indicar o "número de parcelas" previamente quantificado em 12); um outro para "valor mensal por extenso" (também nesse caso o espaço está em branco – obviamente por estratégia para preenchimento futuro). Após, e em letras ainda menores, vem escrito "as partes acima nomeadas assinam o presente, que se regerá pelas seguintes cláusulas e condições" (seguindo-se o respectivo texto no qual explicita-se uma série de condições contratuais). Por fim, em um quadro intitulado "informações sobre o autorizante", aparece indicado "nome", "cargo", "data" e "carimbo e assinatura".
2) Imediatamente após a recepção do mencionado fax, esta empresa destinatária dessa correspondência recebe uma chamada telefônica onde o interlocutor que chamou, pergunta "é da empresa tal?" – menciona o nome correto – e se eles confirmam o recebimento de uma proposta para inserção publicitária gratuita; em seguida insistem no realçar a gratuidade da publicidade, cuja fruição efetiva se dará pelo reencaminhamento – para o endereço aposto no rodapé da correspondência fax – do documento devidamente preenchido e devidamente assinado. Isso feito, mais uma vítima estará configurada. Daí prá frente serão boletos e boletos de cobrança que chegarão pelo correio. Fiquem, pois, alerta, comerciantes da praça.
Fonte: CDL Sete Lagoas/ Procon MG
