PARACATU.NET– Como começou a lutar Karatê?
Paloma Caldas: Eu tinha cinco anos de idade quando fiquei sabendo que tinha o Karatê na minha escola. Como nunca me interessei por ballet ou jazz, como as outras meninas, achei que ia me dar bem no karatê. Dito e feito. Assim que entrei me apaixonei pela arte e treino até hoje.
PARACATU.NET – Sempre gostou desta luta ou já se aventurou por outras?
Paloma Caldas: Sempre gostei do karatê, mas já fiz capoeira e muay thai, também. Claro que sem abandonar a “minha” arte.
PARACATU.NET – Qual foi a maior competição que já venceu?
Paloma Caldas:Foi o campeonato mundial que aconteceu em Punta Del Este, no Uruguai. Fiquei em 1º lugar no kumitê (luta).
PARACATU.NET – Um sonho realizado ou a ser realizado em relação ao karatê?
Paloma Caldas:Quando entrei no karatê, meu maior sonho era ser faixa preta. Agora que já conquistei essa faixa, percebi que o karatê só está começando para mim. Meu sonho é que o karatê seja mais reconhecido, assim como é o judô, por exemplo.
PARACATU.NET – Como é vencer uma luta?
Paloma Caldas:O mais importante não é vencer a luta, mas sim, dar o seu melhor nela. Se me saio vencedora, mas sinto que não lutei bem, não fico tão insatisfeita como quando perco, mas sinto que dei o meu melhor. Vencer, sabendo que lutou bem, dando o seu melhor, é uma sensação maravilhosa. Você fica estimulada a treinar cada vez mais, para mostrar mais ainda do que tem, nas próximas lutas.
PARACATU.NET – Você treina diariamente? Como tem sido seus horários de treino?
Paloma Caldas:Treino três vezes por semana, das 20:00 as 21:30, na academia Sochinkan.
PARACATU.NET– Você pretende fazer do karatê sua profissão, ou deseja ingressar em algum curso superior?
Paloma Caldas: Pretendo continuar no karatê, mas não como Sensei (professora). Quero fazer Direito para prestar concurso. Quem sabe ser uma juíza ou promotora?
PARACATU.NET– Já sofreu algum preconceito em relação ao esporte, no sentido de algumas pessoas acharem que é um esporte masculino?
Paloma Caldas:Sim. Sempre há esse preconceito. Muitos colegas ou amigos me falam para sair do karatê porque é “esporte pra homem”. Vivem falando que sou muito forte para uma menina, coisas assim. Mas nada que me desestimule a continuar fazendo o que gosto.
PARACATU.NET– Quem é seu (a) maior incentivador (a)?
Paloma Caldas: Em primeiro lugar é minha família, que desde o começo me apoiou indo comigo em todas as competições. Depois, é o meu Sensei, Flávio, que sempre acreditou em mim.
PARACATU.NET– Quantos prêmios já conquistou, e qual deles você julgou o mais importante?
Paloma Caldas:Hoje tenho 30 medalhas de karatê. Todos os prêmios são importantes, pois deixo cada competição com mais experiência, levando um aprendizado diferente comigo.
PARACATU.NET– Tem algum agradecimento a fazer?
Paloma Caldas:Quero agradecer à minha família que sempre me apoiou, aos meus professores, que me ensinaram tudo o que sei hoje, e à COOPERVAP, que me patrocina e me possibilita ir em todos os campeonatos. Agradeço, em especial, meu primo Saulo Caldas, ele tem me dado muita força para continuar no Karatê, também é campeão mundial, ganhou no Uruguai em 2010 e na Argentina em 2011.
Parabéns, Saulo. Você é mais que um campeão.
PARACATU.NET– Nós agradecemos pela entrevista e desejamos sucesso em sua caminhada.
Paloma Caldas:Quero pedir às crianças e aos jovens que, ao lerem esta entrevista, sintam-se incentivados a praticar o Karatê, por ser um esporte muito bom e que nos ajuda a manter o equilíbrio e a respeitar as pessoas. Para o bem de vocês e de suas famílias, nunca se envolvam com drogas. Sucesso pra todos. E muito obrigada.
Entrevista: Raniele Salomé
