"Um olhar radiante alegra o coração,
e as boas notícias renovam as forças."
(Pv 15.30)
Como é gratificante e alentador conviver com pessoas alegres e que se comprazem em nos trazer boas notícias! Tudo isto torna a vida mais amena, leve e suave. Muitas vezes nem precisamos ouvir palavras, de modo que nos contentamos com um olhar amigo, um sorriso sincero destituído de malícia.
Há pessoas boas e más em todo lugar: no trabalho, no clube, na escola, na universidade e na igreja. Sim, por mais que alguns imaginem viver no sétimo céu, há muita gente maldosa entre aqueles que afirmam terem encontrado a Jesus Cristo. São aquelas apegadas à norma, à liturgia, à religiosidade, à Lei, enfim. Muitas delas, mais inclusive do que imaginamos, vivem aprisionadas num mundo de aparências, num falso evangelho, envoltas numa falsa santidade; e por isso, sofrem. São tristes, amargas, contabilizadoras de pecados próprios e alheios, esquecidas do amor.
Porta-vozes de fofocas e leviandades, duros no julgar os outros, esquecem-se, todavia, que qualquer religiosidade passa, necessariamente, pelo critério do amor (caridade) ao próximo, pelo louvor sincero a Deus e por uma vida pautada pela retidão e simplicidade. Estes, ao contrário daqueles, são alegres, companhias agradáveis que exalam o bom perfume da ternura e da alegria.
A mensagem de Jesus Cristo causou tanta alegria aos seus seguidores iniciais que estes logo a denominaram de boa-notícia, boa-nova, ou seja, evangelho (ευαγγελιον) em grego. Este é o sentido do termo e a essência de sua mensagem.
Assim, aos que verdadeiramente creem que Jesus Cristo é o filho de Deus, não há lugar para a tristeza nem para a infelicidade. Sua simples presença em nosso meio alegra o nosso coração, nos dar uma vontade evangelicamente louca de fazer o bem, sorrir, cantar e viver a sã loucura da Cruz.
(Escrito a bordo do vôo 6308, BSB-NAT, da Avianca)
