De acordo com os chefes da operação, tudo deu início em 06 de março deste ano, quando Marcelo V. e seu pai Ilco G., barbeiro em Unaí, foram presos pela Polícia Militar com 03 veículos. Sendo um Palio, um Gol e um Voyage, suspeitos de serem “clonados”, bem como materiais utilizados para adulteração de sinais identificadores de veículos automotores.
Tais veículos, suspeitos de serem “dublês” foram levados à delegacia, onde após o trabalho de vistoria e perícia técnica restou demonstrado que os mesmos eram produtos de crimes na região do DF e entorno. Um outro veículo, um VW Bora, também foi apreendido em Palmital, distrito de Cabeceira Grande, com Marcus Vinicius, filho de Ilco.
Com tais apreensões e dentro do Princípio da Oportunidade, os policiais civis de Unaí desencadearam a “Operação Nomino”, (do latim: doublê), materializando então as investigações que já vinham sendo realizadas desde outubro de 2011, com o escopo de se desmantelar tal quadrilha que vinha atuando na região do DF e entorno.
A ação de tal quadrilha vinha trazendo insegurança aos proprietários de veículos automotores do DF e entorno, tendo sido matéria de telejornais de nível nacional nas principais emissoras de televisão.
As investigações da Polícia Civil demonstraram a especialização desta quadrilha a qual possui uma, quase perfeita, divisão de tarefas entre seus membros: uma parte era encarregada de roubar os veículos, com emprego de arma de fogo, incluindo casos de “sequestro relâmpago”, outros eram encarregados de adulterar seus sinais identificadores, remarcando-os, outros providenciavam as “placas clonadas”, outros conseguiam os documentos que posteriormente receberiam a impressão dos dados falsos destes veículos, dando-lhes a aparência de legalidade e outros venderiam o “produto acabado”, neste caso Ilco e Marcelo na região de Unaí e Noroeste Mineiro.
Uma das estratégias utilizadas por tal quadrilha era a inserção de gravames financeiros fictícios em tais documentos, o que é vulgarmente conhecido por “finanzinho”. Neste caso, Marcelo ainda cobraria a importância de R$ 1.050,00 para fornecer o documento – CRLV – anual a fim de que o “cliente” não tivesse qualquer problema com a fiscalização ordinária de trânsito.
Operacionalizando as investigações então realizadas, os policiais civis passaram a uma ação de extrema precisão, “pinçando” os veículos clonados, fazendo então a apreensão de 09 veículos em Unaí, 03 veículos em Chapada Gaúcha, 03 em Buritis e 02 em Paracatu, totalizando 17.
Os compradores de tais veículos, bem como Marcelo e Ilco, irão responder pelos delitos de receptação qualificada, cuja pena vai de 03 a 08 anos de reclusão e multa, além de uso de documento falso, cuja pena vai de 02 a 06 anos de reclusão e multa.
Mais uma vez, a dedicação e profissionalismo dos policiais civis e militares de Unaí foram fatores decisivos nessa apreensão histórica de veículos produtos de crime no Noroeste Mineiro que até então nunca tivera algo deste porte.
Relação de veículos apreendidos:
– 01 Honda Civic;
– 07 Fiat Strada;
– 04 VW Voyage;
– 02 Toyota Hilux;
– 01 Fiat Linea;
– 01 Hyundai/i.30;
– 01 GM/S-10 Executive;
– 01 VW Bora
– 02 VW Gol
– 01 Fiat Palio.
Com informações da Polícia Civil
