Minas Gerais se torna referência nacional na ampliação do Teste do Pezinho

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Governo do Estado alcança marca de 60 doenças triadas, garantindo diagnóstico precoce, tratamento especializado e mais qualidade de vida para os bebês mineiros

Governo de Minas ampliou, neste mês de abril, o Teste do Pezinho para a detecção de 60 doenças, passo decisivo na promoção da saúde infantil. A apresentação da conclusão da terceira fase, anunciada em dezembro de 2024, foi feita nesta quarta-feira (30/4) pelo governador Romeu Zema, acompanhado do secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Fábio Baccheretti, e do secretário de Estado de Governo (Segov), Marcelo Aro.

“É uma felicidade muito grande estarmos anunciando que Minas Gerais é o primeiro estado do Brasil a fazer o teste do pezinho expandido. Este é um avanço muito expressivo, que fará com que muitas crianças tenham a doença detectada e possam evitar o agravamento ou até mesmo ficar sem sequelas”, ressaltou Romeu Zema.

O exame identifica doenças raras de natureza metabólica, genética e infecciosa nos primeiros dias de vida dos bebês. Desde 1994, o Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG), coordenado pela SES-MG, vem avançando de forma contínua.

O que começou com a triagem de fenilcetonúria (PKU) e hipotireoidismo congênito (HC) incorporou a doença falciforme em 1998 e, ao longo dos anos, passou a incluir novas condições, ampliando as chances de diagnóstico precoce e tratamento especializado para milhares de crianças mineiras.

“Quem atua nessa área sabe que o diagnóstico é o primeiro passo, mas depois vem a medicação, o tratamento e todas as demais etapas. Então não adiantava correr com o diagnóstico sem conseguir dar continuidade, e isso tudo foi feito junto, até a gente chegar no ponto de hoje. É um avanço gigantesco”, afirmou o secretário Marcelo Aro.

A partir de 2022, o processo de ampliação ganhou força: além da inclusão progressiva de novas doenças, o Governo de Minas investiu na qualificação do atendimento, com educação permanente para profissionais de saúde, melhorias no acolhimento dos usuários e avanços logísticos no transporte de amostras e insumos.

Em 2024, a segunda fase da ampliação elevou o número de doenças triadas para 23. Em fevereiro de 2025, outras 25 foram incorporadas. E agora, em abril, mais 12 condições foram incluídas, completando a terceira fase da expansão e alcançando a marca de 60 doenças detectáveis pelo Teste do Pezinho.

“Com isso, oferecemos mais humanização e conforto às famílias, que não vão precisar de grandes deslocamentos, e garantindo para a equipe multidisciplinar do posto de saúde as informações devidas do cuidado. Estamos lidando com uma rede que ninguém no Brasil construiu”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.

Cuidado integral

Em Minas Gerais, todas as crianças diagnosticadas com alguma doença pelo Teste do Pezinho são imediatamente encaminhadas ao tratamento multidisciplinar e têm acompanhamento contínuo permanente e integrado em centros de referência na rede pública estadual.

O modelo adotado assegura um cuidado articulado entre os diferentes níveis de atenção — primária, especializada e hospitalar —, com foco na integralidade, acolhimento e qualidade de vida das crianças e suas famílias.

No estado, já são referência em doenças raras o Hospital João Paulo II, da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ambos em Belo Horizonte, e o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Também fazem parte da rede os serviços da Atenção Especializada de doenças raras prestados no Hospital Júlia Kubitschek, da Fhemig, também localizado na capital mineira, e no Centro de Especialidades Multiprofissionais Dr. Gê, em Bom Despacho.

Com a ampliação do Teste do Pezinho, também será ampliada a Rede de Cuidado das Doenças Raras, que vai incorporar novos centros de atendimento, como o Hospital Universitário Clemente de Faria, em Montes Claros, gerido pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), e outros hospitais universitários federais no estado, geridos pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Além disso, a rede de cuidado contará o apoio da teleconsulta, para que o atendimento possa ser feito inclusive à distância, alcançando os 853 municípios mineiros.

Como acessar o Teste do Pezinho

O exame está disponível em todos os municípios de Minas Gerais por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A coleta do sangue para a triagem neonatal deve ser realizada entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê.

São 4.109 postos de coleta em funcionamento, sendo 4.014 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 95 maternidades cadastradas, voltadas especialmente para recém-nascidos internados em unidades com UTI Neonatal.

As amostras são analisadas pelo Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), da UFMG, que garante agilidade nos resultados e encaminhamento imediato dos casos positivos para tratamento na rede SUS.

Com investimento anual de R$ 64 milhões, a ampliação do Teste do Pezinho representa um avanço concreto na atenção neonatal ao prevenir complicações graves, assegurar mais saúde às crianças e reduzir impactos futuros às famílias e ao sistema de saúde.

Fonte: Governo de Minas

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