Na tribuna dessa segunda-feira (21/08) na Câmara Municipal, a secretária de Cidadania e Habitação, Ana Maria de Andrade Silva, destacou o trabalho o trabalho da Casa de Acolhida de Paracatu, que realiza abordagem e acolhimento da população em situação de rua.
Em sua fala, lembrou as ações que vem sendo realizadas em função da Semana de Conscientização sobre o Acolhimento, do Dia de Luta em Defesa da População em Situação de Rua e o seu significado.
"-Essa data se deu através do massacre de 7 moradores de rua que foram brutalmente assassinados e outros ficaram gravemente feridos, apenas porque estavam dormindo na rua, na região da Praça da Sé, na capital paulista. Esse fato desencadeou no Brasil inteiro uma luta para conscientizar a cerca dos direitos que a população em situação de rua possui", relatou a Secretária.
Ana Maria também falou sobre os encaminhamentos realizados pela instituição e o trabalho de proteção especial de alta complexidade à população que vai muito além de retirar as pessoas das ruas. "-Essas pessoas não estão nas ruas por opção. Eles tem vínculos familiares fragilizados, muitos tem problema com álcool e drogas, não possuem moradia fixa e outros também estão passando por Paracatu em busca de mudança de vida de uma oportunidade em outras cidades", explicou.
A forma de acesso dessa população à Casa de Acolhida é através dos serviços de abordagem e também através dos encaminhamentos dos CREAS e de várias outras instituições e secretarias.
"-A Casa de Acolhida é equipada com assistente social, psicólogo, pessoas do administrativo, cozinheiro e os vigias, que fazem a segurança da Casa. Durante a estadia na casa, os acolhidos são encaminhados para as oficinas de horticultura, de artesanato, de jardinagem, e também são encaminhados para as comunidades terapêuticas, para suas famílias. O objetivo da Casa de Acolhida não é só tirar as pessoas das ruas, é oferecer algo de melhor pra eles," ressaltou a Secretária que também propôs uma reflexão.
"-Quando as pessoas ligam para a gente pedindo pra abordar alguém nas ruas, pra providenciar o acolhimento, a pessoa muitas vezes quer simplesmente fazer "uma limpeza na porta, na praça", pois eles entendem que o morador de rua está de alguma forma sujando o espaço público, mas a nossa proposta é que esse serviço, aquela Casa fosse humanizada, e que quando alguém chegasse ali fosse acolhido e não simplesmente hospedado,'' finalizou.
Por: Daniela Pereira
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