A Kinross Gold Corporation, empresa global com sede no Canadá, foi criada em 1993 e, desde então, vem se tornando uma das maiores produtoras de ouro do mundo. A empresa possui minas no Brasil, Chile, Estados Unidos e Rússia, empregando mais de cinco mil pessoas em todo o mundo.
A Kinross mantém três grandes projetos no mundo, com estimativa de crescimento de 60% nos próximos dois anos. Com a previsão de produção aumentando de 1,6 milhão de onças em 2007 para mais de 2,6 milhões de onças em 2009, os custos de produção devem cair consideravelmente.
A Kinross mantém o foco na maximização dos resultados com uma política que não prevê o resguardo de suas finanças com ouro.
Para isso, a empresa concentra-se no objetivo estratégico de maximizar seus ativos e o fluxo de caixa de acordo com um plano de quatro pontos: busca da excelência na performance de seus ativos, contratação e retenção dos melhores talentos e equipes, busca por segmentos operacionais estratégicos e foco em um futuro de valor agregado.
A Kinross possui ações listadas na Bolsa de Valores de Toronto (K) e na bolsa de Nova Iorque (KGC).
Belo Horizonte, 15 de Fevereiro de 2007 – A Rio Paracatu Mineração (RPM), controlada pela multinacional canadense Kinross Gold Corporation desde 2005, decidiu ampliar o projeto de expansão da produção de ouro na mina situada em Paracatu, no noroeste mineiro.
A empresa irá investir US$ 470 milhões visando a um maior aproveitamento da reserva. Após concluído o projeto de implementação – a previsão é setembro de 2008 -, a mina terá capacidade para 15 toneladas de ouro por ano, o que representa um faturamento de US$ 280 milhões, tendo como base a cotação de ontem do metal.
Inicialmente, o projeto de expansão da mina, que começou em agosto de 2006, tinha como objetivo aumentar a produção de ouro dos atuais 5.865 quilos por ano para 10.584 quilos, com investimentos de US$ 154 milhões. Após pesquisas no local, foram constatadas novas reservas que indicam que a mina poderia ter a continuidade de suas operações por mais 30 anos – a vida útil cresceu em 11 anos.
De acordo com o presidente da Kinross Brasil, Manoel Carlos Lopes Cerqueira, assim que as pesquisas concluíram a possibilidade maior de expansão, a companhia logo se empenhou para que o investimento fosse aprovado. "Levamos aos acionistas o plano, mostramos as garantias e tivemos o respaldo para implementarmos o projeto", afirmou Cerqueira, observando que do montante do investimento 50% foi capital próprio da empresa e os outros 50% são empréstimos.
O presidente da Kinross Brasil reiterou que a demanda pelo ouro está em alta no mercado e a expectativa é que neste ano o produto seja valorizado em 10%. "Por isso falo que se alguém quer investir, que invista em ouro", aconselhou. Conforme Cerqueira, a alta acontece devido a fatores de insegurança mundial em alguns setores e também pelo enfraquecimento do dólar. "Por isso, mesmo com a mina de Paracatu tendo um dos menores teores de ouro do mundo, a empresa resolveu rever os investimentos no local."
Na mina de Paracatu, para se chegar a 15 toneladas de ouro anualmente, será necessário o processamento de 60 milhões de toneladas de minério. O projeto da mina encontra-se na fase de licenciamento ambiental, que teve início em setembro do ano passado, na qual são cumpridas etapas como o estudo de impacto ambiental, a licença provisória, o plano de controle ambiental, licença de instalação e de operação. Já a primeira fase de operação começa em maio do ano que vem e até agosto será instalado o segundo moinho de bolas, que será responsável pela trituração do minério.
O projeto em sua fase de implementação vai gerar 2 mil empregos e quando a mina estiver concluída e em operação aumentará o número de empregados de 564 para 714. Faturamento cresce A Kinross, no Brasil, além de Minas Gerais, desenvolve trabalhos no Pará, Maranhão e Goiás. Fora do País, tem unidades no Canadá, Estados Unidos, Rússia e Chile. O Brasil é responsável por cerca de 40% de sua produção mundial. No ano passado, o faturamento apenas da RPM foi de US$ 100 milhões, com um crescimento de 35% em relação a 2005. O estado mineiro é o primeiro exportador de ouro do País, seguido da Bahia, Amapá e Mato Grosso. Dos US$ 658,5 milhões exportados pelo Brasil em 2006, Minas Gerais foi responsável por US$ 415,3 milhões. (Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 5)(Téo Scalioni)
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