Esta semana, a ADESP apresentou aos Vereadores de Paracatu a versão final do Projeto que tem objetivo de nortear e preparar o crescimento e desenvolvimento econômico, social e ambiental de nosso município.
Falamos com, José Eduardo Trevisan, Presidente da ADESP sobre o Plano Paracatu 2030 e suas propostas para manter ou provocar o desenvolvimento sustentável na região nos próximos vinte anos. Leia entrevista abaixo:
Paracatu.Net: Como foi idealizado e como surgiu o Projeto Paracatu 2030?
José Eduardo Trevisan- Este plano foi idealizado no âmbito da diretoria da ADESP, preocupada com o desenvolvimento futuro do município em bases sustentáveis. Inicialmente as conversas caminharam no sentido de darmos continuidade a uma atividade realizada em 2004 pela ADESP, denominada de Fórum de Desenvolvimento Sustentável de Paracatu.
Durante o ano de 2009, realizamos um a série de reuniões e identificamos que o ideal seria discutir um planejamento para a cidade por um período maior, não se focando somente no curto e médio prazo. A partir daí surgiu o Plano Bi-Decenal de Desenvolvimento Sustentável de Paracatu, denominado PARACATU 2030, com intenção que o mesmo fosse construído a partir da realidade local, observando suas potencialidades e fragilidades e o mais importante que sua construção fosse feita de forma coletiva, democrática e participativa.
Os princípios metodológicos deste Plano convergem para os seguintes pontos: Planejamento Estratégico, Sustentabilidade Ambiental e Social, Participação Social, Desenvolvimento Local, Referência no Território e Gestão Democrática.
Para a condução técnica do trabalho foi selecionada a FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, instituição com ampla experiência em planejamento municipal, que se incumbiu de fornecer a sustentação técnica para o sucesso na elaboração do plano. Empenharam-se na elaboração deste Plano, além da ADESP, em especial o SEBRAE-MG, parceiro de longa data da Agência, as empresas locais KINROSS e Votorantim Metais, a Prefeitura Municipal de Paracatu e a ACIPA/CDL.
Para um melhor encaminhamento dos trabalhos foi criado um Comitê Gestor do Plano formado por diversas instituições da comunidade que juntamente com a diretoria da ADESP coordenou as atividades de construção local deste Plano.
Após levar um ano para sua construção, o PARACATU 2030 está sendo entregue à sociedade e as autoridades constituídas, fruto da persistência e da vontade de transformação de uma comunidade de fibra e atuante.
Paracatu.Net: Com base neste documento, podemos saber como será a Paracatu do futuro?
José Eduardo – Paracatu é uma cidade bi-centenária, tem uma riquíssima história, um invejável patrimônio cultural e, além disso, possui vocação para liderança. Seu passado deve ser a herança que impulsiona seus cidadãos para construção de uma cidade que venha polarizar o desenvolvimento regional.
Portanto pensamos em uma cidade que irradie desenvolvimento para a toda a região, tornando-a cada vez mais próspera, onde haja oportunidade de trabalho digno para todos, onde a educação de qualidade seja acessível a todas as classes sociais, que haja saúde de excelência e qualidade de vida para todo cidadão. Esperamos que as restrições de infraestrutura estejam superadas e que as condições para o crescimento econômico e social sejam sólidas.
Acreditar que estamos construindo hoje o nosso futuro é fundamental para que possamos um dia alcançá-lo. Além disto, para sabermos aonde iremos precisamos antes pensar em como realizá-lo. Este é o motivo principal que deve balizar todo planejamento. A ADESP acredita que pode contribuir com o nosso futuro, auxiliando no seu planejamento por meio do Plano de Desenvolvimento Sustentável – PARACATU-2030.
Paracatu.Net – Na sua tribuna na Câmara, o Sr. Convocou a comunidade para abraçar o PARACATU 2030. Como o Sr imagina o envolvimento dos segmentos representativos da sociedade?
José Eduardo – É impossível promover o desenvolvimento sem a participação da comunidade e sem estimular o protagonismo local. O plano somente alcançará seus objetivos se a comunidade de uma forma geral for o ator principal da sua implementação. Protagonismo local é o fenômeno pelo qual os agentes locais se reconhecem como sujeitos do próprio destino.
Mais do que um produto final com textos e mapas, espera-se que este Plano signifique a instituição de um processo permanente de planejamento participativo, comprometendo com o futuro desejado a administração municipal, os agentes econômicos e os cidadãos em geral.
Desta forma a participação da comunidade já está acontecendo. Durante a elaboração do Plano realizamos com o apoio da equipe técnica da Fundação João Pinheiro, diversas Oficinas Participativas na zona urbana e rural do município com a participação de cerca de 500 pessoas. Nestas oficinas foram discutidas a realidade atual do município e seus objetivos futuros abrangendo as dimensões econômica, social, ambiental e institucional, articulados com os meios para se atingir esses objetivos. Além das oficinas, foram realizados dois fóruns, um em dezembro de 2010 e outro em fevereiro de 2011, para validação pública dos diagnósticos e das proposições com a participação de cerca de 300 pessoas em cada um destes eventos.
Consideramos que a comunidade de Paracatu está muito bem organizada do ponto de vista de representatividade setorial, sendo que todos os segmentos econômicos e sociais estão organizados e mobilizados em associações diversas, clubes de serviços, ONG’s do terceiro setor, entidades de representação setorial, etc.
A única forma de um plano de desenvolvimento se tornar uma realidade é quando a população e governo estão juntos, com vontade política e empenho das autoridades para o bom uso deste plano, com o apoio dos agentes econômicos e a participação fundamental da sociedade para fiscalizá-lo e contribuir para sua execução.
Paracatu.Net: O que o cidadão paracatuense e aquele que escolheu Paracatu para viver pode, esperar das ações do PARACATU 2030?
José Eduardo – Uma dúvida que com certeza cerca o Plano é sobre sua aplicabilidade. O PARACATU 2030 não é um programa ou um projeto de desenvolvimento, com metas e ações delineadas para aplicação em prazo determinado. O Plano de Desenvolvimento Sustentável de Paracatu – Paracatu 2030 – é um conjunto de estudos detalhados de nossa realidade e de nossas potencialidades, voltados para o desenvolvimento local e regional.
Este plano, que na forma de sua concepção é pioneiro no Estado de Minas Gerais, tem a ambição de influenciar o planejamento do município e precisa ser sustentado pela comunidade paracatuense com vistas a criar um ambiente de boa governança, que atraia, retenha e desenvolva pessoas, instituições, empresas e investimentos focados no crescimento econômico, mas também na qualidade de vida e no bem estar das pessoas.
Abrange de forma aprofundada as dimensões econômica, social, ambiental e institucional do desenvolvimento sustentável. Deverá ser fonte de referência para o planejamento no âmbito dos poderes público e privado, possibilitando pautar o planejamento de curto, médio e longo prazo com ações que visem o equilíbrio entre as três primeiras dimensões. Dele deverão surgir inúmeros programas e projetos específicos que auxiliarão na construção de um futuro melhor.
Sua utilidade e sucesso estarão nas mãos dos planejadores e legisladores do município à medida que façam dele peça importante para suas decisões de planejamento. Caberá fundamentalmente ao cidadão acompanhar sua implementação e monitorar sua utilização.
Sobre o Paracatu 2030
O futuro… quando falamos dele, logo nossos pensamentos se voltam para nossas crianças. Mas, que futuro a próxima geração receberá de nós? Daqui alguns anos como estará Paracatu? Dentro desta perspectiva de um futuro melhor, este projeto foi idealizado e os primeiros passos rumo a Paracatu 2030 já foram dados. Paracatu 2030 – Plano de Desenvolvimento Sustentável de Paracatu.
PARACATU 2030: AÇÃO, ENGAJAMENTO, ATITUDE E UNIÃO
NÓS, VOCÊ… TODOS PELO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL!
