Fernando Carvalho. Repórter, Apresentador e Locutor

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Fernando Carvalho Peres, 23 anos, solteiro, Evangélico, natural de Paracatu, filho de Maria dos Reis Carvalho Peres e Zenon de Melo Peres, Jornalista Prático, repórter da TV Paracatu, apresentador do TVP Notícias 1ª Edição e do Programa Recanto Sertanejo na Rádio Boa Vista FM. Acadêmico do Curso de Direito tendo trancado temporariamente o Curso em função dos trabalhos. Além da imprensa, também presta serviços de assessoria de comunicação para diversas empresas e localmente para a Igreja Evangélica Internacional dos Milagres. É considerado por muitos a “grande” revelação da Comunicação regional, tem estilo próprio, não se abate pelas críticas, é firme nas críticas à injustiça e sensato nas polêmicas. É admirado por uma legião de fãs do jornalismo moderno e “respeitado” por aqueles que não concordam com sua conduta.


Paracatu.Net:Como despertou o seu interesse pela área de comunicação?

Fernando Carvalho: Sempre tive interesse pelo Rádio, quando era pequeno, ia pro Sítio dos meus Pais – meu pai até hoje é pequeno produtor e vive dessa atividade – e como não tínhamos energia em casa, a minha diversão à noite era ouvir, no radinho de pilha, o programa “Eu de cá, você de lá” todas as noites na Rádio Nacional de Brasília. Eu me encantava com o fala do locutor, com as histórias que eram apresentadas no programa. Pessoas do Brasil inteiro ligando, pra procurar parentes.

Paracatu.Net:E seu primeiro contato Profissional com os Microfones?

Fernando Carvalho: Na adolescência fui convidado Pastor Paulo Ribeiro para fazer parte da Equipe de Comunicação na Catedral da Benção e como eu trabalhava na Lene Monitoramento, do Grupo Lene, fui me aproximando, aprendendo, até que um dia fui convidado para assumir a vaga na Rádio Boa Vista FM na madrugada, fazendo uma espécie de plantão. Mas antes de assumir a vaga, passei pelo escritório, fui corretor imobiliário, Office boy e depois de passar por vários setores da empresa surgiu a oportunidade do programa na Madrugada.

Paracatu.Net:Como foi fazer um Programa em um horário que a princípio não tinha audiência?

Na verdade eu fui desafiado a viabilizar o programa e arrumar um anunciante. Depois de alguns dias já estava com 8 clientes para, em 01 de maio de 2008, começar o Programa: “Recanto Sertanejo”. Além do retorno financeiro, a surpresa também foi audiência em um horário que muitos pensavam que era “morto”. A repercussão foi imediata e o retorno do ouvinte tem aumentado a cada dia.

Paracatu.Net:E como foi o degrau da TV?

Fernando Carvalho: Um dia no ponto de ônibus, indo pra Faculdade, a repórter (e agora colega) Lilian Derkiê falou sobre a vaga de estagiário na TV Paracatu, a princípio me interessei até mesmo pela parte técnica, se eu aprendesse a ligar uma filmadora, pra mim já era lucro. Eu sempre pensei que não tinha a menor chance de dar certo, porque meu negócio é Rádio, porque rádio tem um mistério, uma magia diferente da TV; mas chegando na TV, a Eucária (Birro) me acolheu e me recebeu de braços abertos que tudo fluiu. Costumo dizer que A Lilian e a Eucária foram dois Anjos da Guarda que Deus colocou na TV pra me ajudar.

Paracatu.Net:Foi fácil com essa ajuda profissional?

Fernando Carvalho: No início iniciou com um ritmo de rádio, me sentindo muito travado, mas com o tempo, sem me podar, sem me cortar e deixar artificial, elas foram me dando os toques e foram me moldando. Com apenas 15 dias de estágio recebi a proposta que encarei como desafio que foi cubrir férias dos repórteres e ainda fazer alguns plantões. Até então eu só gravava comerciais e depois de 6 meses como plantonista, quando a direção da TV decidiu colocar mais um jornal no ar, foi que surgiu a chance de apresentar um Telejornal, que é o TVP 1ª Edição, com a visão de ser um jornal diferenciado, mais rápido e com mais dinamismo.

Paracatu.Net:Sua vida foi cheia de “desafios” como você classifica suas vitórias e eventuais fracassos?

Fernando Carvalho: Tudo muito positivo, pois Deus foi fazendo as coisas fluírem naturalmente. Lembro de quando eu trabalhava chegava da faculdade as 23:30, começava a trabalhar a meia noite até 6 horas da manhã , ia pra casa, durmia um pouco e ao meio dia começava a trabalhar na TV Parcatu até as 6 da tarde quando pegava o ônibus e ia pra Faculdade recomeçar tudo de novo.

Paracatu.Net:Você se considera Polêmico?

Fernando Carvalho: Acho que não é isso. O que acontece é que as pessoas, principalmente no interior, tem receio de falar as coisas que são muito visíveis e estão claras em nossa vida. Muitas vezes por medo mesmo. Eu sei disso porque eu já recebi ameaças, do tipo: “-Você não tem medo de falar isso? As pessoas que falam muito, morrem.” Eu ouvi de um uma pessoa: “-Você tem que crescer, eu já tenho dois mandatos e você com seu trabalho está pressionando a comunidade a me cobrar.” Vejo que as vezes tentam reprimir um pouco o meu trabalho, mas a linha que eu mais gosto de trabalhar é essa. O fascínio que a comunicação me traz é justamente esse. A comunicação é a comunidade ter voz. Muitas pessoas não são “ouvidas” pelo poder público, mas quando passa pela imprensa essas mesmas pessoas passam a ter voz. Pra mim comunicação é isso: Colocar a pessoa mais simples, cara a cara com o poderoso por meio da Televisão.

Paracatu.Net:Que é sua Referência na Comunicação Local ou Nacional?

Fernando Carvalho: Acho que não tenho um nome. Eu busco mescla todos os trabalhos. A nível nacional, admiro o trabalho do Celso Freitas (Rede Record), Luiz Alberto (Rádio Nacional) Wagner Montes do Balanço Geral do Rio de Janeiro. Esses dão uma certa referência ao trabalho que faço.

Paracatu.Net:Você tem algum anseio político?

Fernando Carvalho: Não. Nenhum. Quero ser sempre o intermediador do trabalho político e a comunidade. Acho importantíssimo o trabalho vereador, do deputado, no poder executivo também, mas isso não me desperta interesse.

Paracatu.Net:Gosta de Política? Faz alguma análise da conjuntura local? Regional?

Fernando Carvalho: Penso que a política ta mudando muito, pode ser redundante falar isso, mas o poder era muito ligado a família, às tradições, e hoje, um líder comunitário que se destaca logo se projeta e pode assumir um cargo no legislativo ou no executivo. Mas ainda tem muito que melhorar. Até esse pensamento de deputado da cidade por exemplo; temos que ter representante, independente de ser da cidade, tem que fazer algo pelo nosso município e mais do que deputados, ter cargos influentes no governo estadual, federal por exemplo. Precisamos é de pessoas que façam em vez de falar tanto. Tem muita gente que não é da cidade e que representa muito melhor tudo isso que dizem por aí.

Paracatu.Net:Quanto ao Futuro ?

Fernando Carvalho: A Deus pertence

Paracatu.Net:E seu planejamento?

Fernando Carvalho: A Rádio Boa Vista e a TV Paracatu foram a minha “Faculdade” e eu tenho muito que agradecer a equipe, aos diretores e a comunidade, mas eu acredito que só estou começando. Vejo que tenho tido muita aceitação, principalmente nas classes mais baixas. Isso até me emociona as vezes. Lembro de um caso em que uma criança foi vítima de atropelamento, a família fez mobilização, eu fui lá fazer a matéria e a família me agradeceu, só que eles pediram pra mim fazer o comentário depois da matéria, pois segundo eles as minhas palavras é que faziam a diferença, que as minhas palavras eram o pingo de esperança. Outro dia ouvi alguém me dizer: “-O que você falou é o que eu sempre tive vontade de falar, mas nunca tive coragem.” Hoje estou plantando. E eu vou colher bons frutos, pra mim e pra comunidade.

Paracatu.Net:Você aceita o rótulo de Repórter “denunciante” que persegue quem está na poder?

Fernando Carvalho: Não. Quando a gente faz uma denúncia não temos intenção de denegrir e sim que a situação seja resolvida. Por mais que não possamos diretamente fazer alguma coisa por determinada situação, as pessoas vêm na gente a solução dos problemas e isso até emociona. Eu respeito muito esse sentimento popular. As pessoas vêm o trabalho da gente como último pingo de esperança para ouvir o seu apelo.

Paracatu.Net:Você se sente realizado?

Fernando Carvalho: Meu Pai é um Pequeno Produtor, fazia carvoeira, minha mãe é professora aposentada, e como vim de família muito humilde, tudo isso que está acontecendo hoje na minha vida, pra mim já é presente de Deus. Eu me lembro que meu pai sempre dizia que não queria que trabalhássemos na roça, queria que eu meu irmão estudássemos e assim ele fez, deu a vida para que nós tivéssemos uma oportunidade melhor do que ele teve e isso fez com que, além de valorizar cada passo profissional que eu desse, que valorizasse também a minha família. Por isso, digo que sou sim realizado, aliás, Grato a Deus. Já ajudei a encher forno de carvão na roça, fazer cerca, “ralei” demais na roça, mas mesmo assim, todo fim de semana foi pra roça ajudar meus pais. Aliás, não só meus pais, mas esses laços familiares refletem muito no meu dia-a-dia, meu irmão Uriel Carvalho, meus amigos, todos aquieles que "gosto" eu defendo como se fossem sangue do meu sangue.
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