Capitalismo X Patrimônio Histórico

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A efervescência econômica por que passa Paracatu em tempos recentes é fruto da constante abertura de novos negócios e especialmente da chegada de grandes empreendimentos educacionais, agropecuários e industriais, além da própria expansão minerária no município. Tal fato, quase que sempre, sobrepõe-se aos valores culturais que caracterizam o povo pacatuense e que contribuem para o desenvolvimento sustentável da cidade.

Coroado em Dezembro do ano passado com o título de Patrimônio Histórico Nacional pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), o Núcleo Histórico de Paracatu (NHP) é composto pelo conjunto de edificações e monumentos que conservam aspectos e tradições sobre a história e a cultura da sociedade local. Esse tombamento agora em nível federal (o NHP já era tombado pelo Município), contudo, não está sendo capaz de garantir a preservação, por exemplo, do casario histórico da cidade.

O descaso com o patrimônio histórico de Paracatu, que há quase 10 meses é também patrimônio da nação, é pelo que se vê problema complexo e possui várias “artérias”, que são tratadas sem muita relevância no contexto político em que se inserem.

Os flagrantes de desrespeito às leis de proteção do patrimônio (Lei Orgânica do Município de Paracatu) e o desprezo para com os direitos da coletividade, que necessita de conhecer as suas raízes e, às vezes, até viver disto, seja através do turismo ou de outras formas, podem ser constatados diariamente.

Prova disso são a destruição de imóveis com arquitetura histórica, a emissão de poeira e outras sujidades em meio urbano, o trânsito de veículos pesados no Núcleo Histórico, além da inexistência de investimentos em infraestrutura e recursos diversos, para o bom funcionamento dos órgãos que resguardam a memória de Paracatu e que atraem milhares de visitantes e turistas.

No momento em que tanto se debate sobre a esgotabilidade dos recursos naturais e sobre a prática de atividades sustentáveis como um caminho para amenizar os danos ao meio ambiente e garantir a geração de renda para a população e para o comércio, constata-se que o patrimônio histórico não tem a atenção merecida, já que a inércia generalizada predomina e não há punição capaz de freiar a destruição silenciosa dos bens culturais da cidade.



Fotos 1 e 2: Imóvel, com atributos históricos, destruído na Rua Paulo Camilo Pena, em Paracatu.

Foto 2: Caminhão circula livremente no Largo da Jaqueira.


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