Naqueles inconscientes e inconsequentes anos, marco inicial da sua cruzada heróica, Tonhão foi rotulado de doido, visionário, “maluco beleza”, de quixotesco Sancho Pança a combater moinhos de vento, representados pela inacreditável possibilidade de exaustão dos recursos ambientais. O fim das matas e das riquezas hídricas, que ele também dizia temer, era ironizado pelos exterminadores ambientais, que defendiam, por exemplo, a expansão das fronteiras agrícolas a qualquer custo.
Apesar das pressões de toda ordem, do rótulo de visionário, de maluco, o ambientalista não arriou a bandeira. Vestiu a farda de soldado verde e de sentinela ambiental. Defendeu a continuidade da vida e a necessidade de legarmos, às gerações vindouras, um mundo ambientalmente equilibrado. Muitos não compreenderam no início, mas havia muito amor ao próximo no seu jeito – vá lá! – meio estabanado de ser. Agora, vamos dar a mão à palmatória: Tonhão pensou mais no futuro de todos os nossos filhos e netos do que nós mesmos…
O vereador Wilson Martins descobriu recentemente (quase ninguém sabia disso) que Tonhão, que honra Paracatu como poucos, inclusive como representante seu no Conselho Nacional de do Meio Ambiente, não nasceu na cidade, mas em Pará de Minas. E resolveu dar a ele, de direito, o título do que ele já é de fato: Cidadão Honorário de Paracatu. O verde, a vida e as gerações futuras festejam e, penhoradamente, agradecem.
