Liberdade Religiosa, Caminho para a Paz!

whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button

Por iniciativa do Papa Paulo VI, o primeiro dia do ano é dedicado à paz. Paulo VI propôs essa comemoração em meio ao conturbado contexto político da guerra fria. Na época, as duas grandes potências emergentes – USA e Rússia – empreendiam acirrada corrida armamentista e se lançavam à aventura da conquista espacial. Graves e sangrentos conflitos eclodiam em diversas partes do mundo, como a guerra do Vietnã, transformada em palco do interesse geopolítico e econômico da guerra fria.

Como a paz depende praticamente ou em grande parte daqueles que detêm o poder de decisão, o Papa passou a dirigir anualmente aos governantes das nações uma mensagem de forte apelo à paz, na passagem de Ano-novo. Foi o que fez João Paulo II ao longo de seu pontificado. A paz foi uma de suas contínuas preocupações. Ele experimentou na própria pele o poder massacrante e destruidor que o comunismo ateu e o nazismo prepotente realizaram em inúmeros países na Europa, Ásia e África. Suas incansáveis advertências deveriam servir de lição para todos. Com sua reconhecida firmeza, em todo início de ano, João Paulo II exortava a todos a construírem a paz.

Também agora Bento XVI não interrompeu tão recomendável tradição. No dia 8 de dezembro, ele publicou sua mensagem de paz para comemorar o 44º Dia Mundial da Paz. Com o tema: “LIBERDADE RELIGIOSA, CAMINHO PARA A PAZ”, o Papa expressa os mais ardentes votos de paz a todas as comunidades cristãs e aos responsáveis das nações do mundo inteiro. Assim explica o tema de sua mensagem: “Os cristãos são, atualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé. Muitos suportam diariamente ofensas e vivem freqüentemente em sobressalto por causa da sua procura da verdade”… “é doloroso constatar que, em algumas regiões do mundo, não é possível professar e exprimir livremente a própria religião sem pôr em risco a vida e a liberdade pessoal”, o que considera "uma ameaça à segurança e à paz”. E prossegue: “Penso, em particular, na amada terra do Iraque que, no seu caminho para a desejada estabilidade e reconciliação, continua a ser cenário de violências e atentados”.

O Papa condena o vil ataque contra a Catedral siro-católica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Bagdá, onde, no último dia 31 de outubro, foram assassinados dois sacerdotes e mais de cinquenta fiéis, quando se encontravam reunidos para a celebração da Missa. A este ataque seguiram-se outros, nos dias sucessivos, gerando medo na comunidade cristã e o desejo, por parte de muitos dos seus membros, de emigrar à procura de melhores condições de vida. Bento XVI lembra então as comunidades cristãs que sofrem "perseguições, discriminações, atos de violência e intolerância, particularmente na Ásia, na África, no Médio Oriente e de modo especial na Terra Santa", conclamando vigorosamente pelo fim de "toda violência contra os cristãos" que habitam nessas regiões.

Bento XVI faz votos para que a Europa saiba reconciliar-se com as suas próprias raízes cristãs, “fundamentais para compreender o papel que teve, tem e pretende ter na história”. Fala da "contribuição ética" da religião no âmbito político e diz que a mesma "não deveria ser marginalizada ou proibida, mas vista como válida ajuda para a promoção do bem comum". Afirma: "a liberdade religiosa deve ser entendida não só como imunidade da coação, mas também, e antes ainda, como capacidade de organizar as próprias opções segundo a verdade". E lembra ainda que a pessoa "não deveria encontrar obstáculos se quisesse eventualmente aderir a outra religião ou não professar religião alguma".

Para a Igreja, “o diálogo entre os membros de diversas religiões constitui um instrumento importante para colaborar com todas as comunidades religiosas para o bem comum. Bento XVI então exorta “os homens e mulheres de boa vontade a renovarem o seu compromisso pela construção de um mundo onde todos sejam livres para professar a sua própria religião ou a sua fé e viver o seu amor a Deus com todo o coração, toda a alma e toda a mente”, lembrando que “a religião pode oferecer uma contribuição preciosa na sua busca para a construção de uma ordem social justa e pacífica em âmbito nacional e internacional”.

XMCred Soluções Financeiras
whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button