Os dois parlamentares apoiaram a candidatura do ex-ministro Hélio Costa, do PMDB, principal opositor do governador eleito das Gerais, Antônio Augusto Anastasia. Estão os representantes regionais, em tese, na oposição. E governadores, assim como prefeitos e presidentes, não são muito inclinados a atender reivindicações encaminhadas por adversários.
Mas há uma particularidade: Anastasia foi o preferido do eleitorado de Paracatu e do Noroeste na corrida ao Governo de Minas. E, certamente, não irá querer punir o seu próprio eleitor, simplesmente porque este escolheu os deputados da sua preferência, ainda que divergindo da vontade do governador. Além disso, sempre houve bom trânsito pessoal e parlamentar, tanto de Almir Paraca quanto de Antônio Andrade, junto ao Governo que terá continuidade a partir de 2.011.
Para completar, um detalhe: o Brasil é uma república federativa, mas os estados dependem muito do Governo Federal, que será comandado, de janeiro em diante, pela presidente Dilma Roussef, do PT de Almir Paraca, e pelo seu vice Michel Temer, do PMDB de Antônio Andrade. Tudo que for ligado na terra Minas poderá ser ligado no céu Brasília; e tudo que for desligado na terra Minas, poderá ser desligado no céu Brasília.
Resumo da ópera: o eleitor de Paracatu e do Noroeste de Minas, em sua soberania, fez o que quis, e ainda vai ficar bem na foto. Isso é democracia!
