As conclusões das duas CPIs foram encaminhadas ao prefeito, aos ministérios públicos Estadual e Federal, aos tribunais de contas do Estado e da União e à Controladoria Geral da União. Os levantamentos consumiram 173 dias de trabalho. Trabalho intenso e desigual: alegando falta de dotação orçamentária, o presidente da Câmara, Wilson Martins, não contratou assessoria técnica especializada para auxiliar os vereadores, enquanto a Prefeitura tinha o suporte do advogado José Nilo de Castro, um dos maiores especialistas do Brasil em CPIs.
Se as CPIs vão dar em alguma coisa? Não se sabe. A primeira a ser criada em Paracatu foi contra o governo do ex-prefeito Manoel Borges. Deu em nada. De lá para cá, outras foram instaladas, contra diferentes governos. Também deram em nada. Se as de agora vão ter destino diferente, portanto, só o tempo dirá. De antemão, ambas têm um defeito: uma carga muito pessoal sobre o secretário Eurípedes Tobias; e um mérito: a Câmara ouviu o clamor do povo e, apesar de pressões de toda ordem, enfrentou a chamada “máfia de branco”, que se julga dona do sistema de saúde público, pe$a como chumbo na folha de pagamento do município e oferece à população um serviço no mínimo discutível.
Para ficar registrado, vão aqui os nomes dos vereadores que, muito provavelmente, não vão resolver o problema da saúde pública de Paracatu. Mas que, pelo menos, apesar das pressões e até ameaças, tentaram!
CPI que investigou a gestão da saúde: Rosival Araújo (PT), João Batista dos Santos (PSDB), Glewton de Sá (PMDB) e João Macedo (DEM);
CPI que investigou o pagamento aos médicos: João Macedo (DEM), Vânio Ferreira (PT), Sílvio Magalhães (PTB) e Glewton de Sá (PMDB).
