20 de Outubro é dia do Arquivista

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Seria o arquivista um guardador de papéis empoeirados? Seria também ele o funcionário que arquiva e disponibiliza documentos antigos? Perguntas como estas prevalecem no cotidiano das pessoas, quando se faz menção ao profissional que é formado em Arquivologia e que passa em média 4 anos nos bancos das universidades, com uma grade curricular composta por cerca de 60 disciplinas.

Com base nos fundamentos legais existentes, percebe-se que o arquivista tem papel estratégico no contexto das organizações, pois ele figura como o profissional que atua no desenvolvimento e implantação de políticas e ferramentas destinadas à recuperação e gerenciamento de informações úteis à tomada de decisão.

Amparado pela Lei 6.546, de 4 de julho de 1978, que dispõe sobre a sua regulamentação profissional, o Arquivista tem como atribuições, entre outras:

* Planejamento, organização e direção de serviços ou centro de documentação e informação constituídos de acervos arquivísticos e mistos;

* Promoção de medidas necessárias à conservação de documentos;

* Planejamento, orientação e acompanhamento do processo documental e informativo;

* Elaboração de pareceres e trabalhos de complexidade sobre assuntos arquivísticos;

* Orientação do planejamento da automação aplicada aos arquivos;

* Assessoramento aos trabalhos de pesquisa científica ou técnico-administrativa;

O papel do bacharel em Arquivologia (área do conhecimento que estuda as funções do arquivo) então, passa não só pelos chamados arquivos históricos, mas também e principalmente, por uma série de estâncias, onde se produzem e/ou dispõem-se de informações em suportes variados, como CD-ROM, DVD, microfilmes, bancos de dados, discos ópticos e papel.

O paradigma de que a profissão de Arquivista estaria apenas voltada para receber e guardar documentos velhos e que seria, portanto, muito monótona, é suplantado na medida em que tal profissional atua em todo o percurso da informacão, desde a geração do documento, passando pela fase corrente (consultas freqüentes à documentação) até o seu destino final, ou seja, sua eliminação criteriosa ou arquivamento permanente, de acordo com prazos legais e normas específicas.

Dadas as transformações por que passam a sociedade e as organizações, o profissional arquivista está apto a orientar e a promover políticas que assegurem a qualidade, a segurança e a confiabilidade dos dados quando, por exemplo, expostos a procedimentos como virtualização ( geração de documentos em meio virtual, como em redes do tipo Internet e Intranet), a digitalização (convergência para meios digitais, como mídias diversas) e a microfilmagem (transposição para microfilmes).

No dia do Arquivista, que é comemorado em 20 de outubro, reforça-se o papel desse profissional, que por vezes é posto à margem no caminho das profissões, em função do desconhecimento da Lei e da literatura sobre o assunto, e destaca-se a sua relevância tanto para as empresas, quanto para os órgãos públicos, e por fim para toda a humanidade, no pleito de seus direitos e de sua memória.

Parabéns a todos os arquivistas!

(*) Carlos Lima é graduado em Arquivologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBa), é consultor em organização de arquivos e memória empresarial e exerce o cargo de Coordenador do Arquivo Público Municipal de Paracatu.
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