Visita “Ad Limina”

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Recentemente estive em Roma, em cumprimento do dever pastoral e canônico denominado em linguagem eclesiástica de Visita “ad limina”. A expressão latina abreviada significa visita “ao limiar” (da sepultura dos Apóstolos Pedro e Paulo). Éramos 35 bispos do Regional Leste 2. Foram dezoito dias inesquecíveis. Momentos da mais forte emoção ali na Cidade Eterna, berço de nossa fé cristã, depois de Jerusalém.

A visita “ad limina” comporta três momentos importantes. Primeiro, a peregrinação às quatro Basílicas Patriarcais de Roma: a Basílica de São Pedro no Vaticano, a Basílica de São Paulo “fora dos muros”, a Basílica de São João de Latrão e a Basílica de Santa Maria Maior. Cada uma dessas igrejas tem sua história própria, suas peculiaridades e um particular motivo de importância no cenário da Igreja Universal. Na Basílica do Vaticano ou Basílica de São Pedro encontra-se o túmulo de São Pedro. É um jazigo com um precioso relicário contendo os restos mortais do apóstolo Pedro. Graças à seriedade da arqueologia, pôde-se chegar à absoluta certeza de que ali foi sepultado o Príncipe dos Apóstolos.

Diante daquele mausoléu e bem ao lado da sepultura de João Paulo II, cercados de emoção e fé, concelebramos a Santa Eucaristia. A Patriarcal Basílica de São Paulo “fora dos muros”, imponente e maravilhosa, com a dupla fileira de enormes colunas no seu interior, foi construída nas proximidades do local de execução do grande apóstolo. A Basílica do Latrão é a catedral do Papa. É chamada de Mãe e Cabeça de todas as igrejas católicas do mundo. Por aí se vê sua singular importância. E a Basílica de Santa Maria Maior, ornamentada no teto com preciosas e artísticas pinturas banhadas a ouro, em parte do Brasil, conforme nos informaram (e olhem lá se não há ouro de Paracatu ali), é a mais importante “Igreja Mariana” do mundo.

O segundo momento compreende nossos encontros com as Sagradas Congregações Romanas. Aí tratamos de nossas atividades no governo da diocese e buscamos orientações ou informações mais atualizadas sobre alguma recente decisão pastoral.
Por fim, o terceiro momento, o mais emocionante: os encontros com o Santo Padre. Apesar de seus 83 anos, Bento XVI goza de boa saúde e de muita disposição para seu trabalho. Ainda caminha com agilidade e rapidez. Mostra-se sereno e sempre alegre.

Encantou-me seu espírito acolhedor. Tive dele a nítida impressão de um verdadeiro pai. Está sempre atento a tudo que cada bispo lhe fala. Pode não ter o carisma insuperável de João Paulo II, mas qualquer pessoa que se aproxima de Bento XVI fica encantada com seu sorriso jovial, com sua serenidade e com o suave sorriso que, provavelmente, disfarça um pouco o grande sofrimento que lhe fere profundamente o coração, sobretudo, em razão dos crimes que ultimamente vêm envolvendo tantos eclesiásticos, no mundo inteiro.

No meu caso pessoal, a melhor impressão que trago de minha visita a Bento XVI é aquilo que Jesus disse a Pedro, na região de Cesaréia: “ Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela” (Mt 16,18).

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