Reviravolta nas hostes petistas: o único pré-candidato do partido a Deputado Estadual em Paracatu e na região era Almir Paraca, que deverá disputar a reeleição em outubro próximo. Agora, uma ala do partido está articulando o lançamento de outra candidatura ao mesmo cargo: a do ex-vereador Ragos Oliveira.
Ragos foi candidato a prefeito de Paracatu nas últimas eleições. Não contou com o apoio do deputado Almir Paraca, que, à época, preferiu ficar com Vasco Praça Filho, prefeito reeleito pelo PMDB.
Recentemente, na disputa interna para indicar o candidato a governador de minas, Paraca ficou com o ex-ministro Patrus Ananias. O grupo ligado a Ragos, que tem força nas cúpulas estadual e nacional do partido, preferia Fernando Pimentel. Ninguém ganhou de ninguém na área estadual, com a indicação de Hélio Costa, do PMDB, às convenções dos dois partidos. Em ambos os casos, contudo, ficaram seqüelas, motivo maior do possível terceiro “round” que se anuncia agora.
Quando Almir Paraca foi eleito deputado, quatro anos atrás, teve o apoio do PT inteiro, do prefeito Vasco Praça Filho e dos grupos de ambos. E ganhou com uma sobra inferior a 200 votos. O que tende a acontecer agora, com o apoio externo fragilizado e o PT dividido? Ora, a lógica aponta para a derrota dos dois candidatos, caso ambos confirmem suas candidaturas.
Se vai sair com Almir Paraca, com Ragos Oliveira ou com ambos, isso é questão “interna corporis” do PT, certo cara pálida? O problema é que esse imbróglio poderá custar um assento na assembléia legislativa. Assento que, mais do que ser do PT, esteja com um ou com outro, é a representação de Paracatu no parlamento mineiro.
Sabedoria popular número um: “mais vale um pássaro na mão (tenha ele o nome de Ragos ou Almir) do que dois voando”. Sabedoria popular número dois: “quando duas facções rivais estão brigando, existem três lados na questão: o lado de uma, o lado da outra e o lado certo”…
