– Pois não senhor?
– Oi, eu gostaria de uma graduação.
– Pequena ou média, senhor?
– Não tem da grande?
– Aqui é Fast School.
– Ah, é Fast School né?
– Me vê uma média então.
– MBA acompanha?
– Quanto que fica?
– Seis meses senhor.
– Então eu vou querer uma graduação com um MBA e um doutorado.
– Três anos senhor. Adicionando um pós-doutorado o pedido fica igual ao da promoção e sai por apenas dois anos e meio, senhor.
– Só? Eu vou querer o número 2 então.
– Fritas acompanha senhor?
Essa é a transcrição da campanha publicitária da Faculdade Cantareira, de São Paulo. O mote do anúncio é: “Educação não é fast food. Ter em toda esquina é sinônimo de qualidade? Não se engane”. Uma excelente ideia de marketing educacional, que se espalhou na web por meio do YouTube – até hoje, o vídeo apresentava 311.800 exibições.
A campanha da Faculdade Cantareira critica o que estamos cansados de ver na TV e na mídia em geral: o apelo exagerado de instituições de ensino para atrair candidatos ao vestibular, como se vendessem cursos em uma pastelaria.
A divulgação tem que ser feita, óbvio. Não tem como atrair alunos e fortalecer a marca da instituição sem anunciar. Mas o quê divulgar? E, principalmente, como criar estratégias criativas e não apelativas de promoção educacional?
A Faculdade Cantareira fez bem. Aproveitou o chamado marketing viral da internet (qual jovem, hoje, não vive antenado na rede?) e se utilizou de uma linguagem rápida, engraçada e debochada para se autopromover. Ela diz que ensino não é mercadoria e se posiciona como uma instituição preocupada, antes de tudo, com a qualidade da educação.
Assista ao vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=wpDJh07VN_8&feature=player_embedded