Luz, câmera… cinema eleitoreiro em ação

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Em noite de gala na Sala Villa Lobos, do Teatro Nacional, teve início na terça-feira, 17 de novembro, mais uma edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O filme “Lula, o filho do Brasil”, do diretor Fábio Barreto, abriu as festividades. O longa-metragem conta a história do metalúrgico plebeu que se torna presidente da República. E mais uma vez, você, pobre cara-pálida, não foi convidado.

Lula também não compareceu. Assistirá ao filme longe da plateia, quando chegar de Roma, mas o governador Arruda, a legião de suga-tetas do GDF, deputados, senadores, ministros, secretários… estes tiveram poltronas numeradas e uísque escocês mais que garantidos. Dizem que até o Obama quer uma cópia do filme, que estará em cartaz nos cinemas brasileiros a partir de Janeiro de 2010.

Mas e quanto aos metalúrgicos, operários de São Bernardo do Campo, desempregados, famintos, viciados, maltrapilhos, pé-rapados e os verdadeiros filhos do Brasil? ah… estes foram excluídos da festa da sétima arte em conluio com o poder. O governo federal recebeu 800 convites. A Sala Villa-Lobos tem capacidade para 1.322 pessoas. Deve ser essa a nossa tal democracia… ah, entendi… 2010 é ano de eleições presidenciais e, por mera coincidência, em todas as bancas de camelô do país haverá uma cópia pirata do filme, disponível a cinco reais.

Este é o cinema feito com dinheiro do Ministério da Cultura; o cinema que está na mão da família Barreto há décadas; é o cinema eleitoreiro-brasileiro em ação. E os convites vão para os endereços da mesma corja-de-vida-ganha, que paga R$ 10 mil pelo metro quadrado e R$ 500 mil por um apartamento no futuro Setor Noroeste.

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