É gratificante perceber que ainda existe bom gosto por música e que muitas pessoas sentem o gosto da felicidade se deliciando com o som original e mágico da verdadeira música popular brasileira. A música campeã que traz o título “ Quase Feliz” de certa forma traduz esse sentimento de felicidade que invadiu os presentes ao Festival:
“ Era uma vez,
Eu era quase feliz.
Havia uma voz
Cantando à meia-luz
Canções de amor e paz.
Alguém tocava um jazz.
Pude sentir meus pés
Tirando-me do chão
E levitando sutis
Até a nuvem lilás
De gás e algodão..”
Belas canções, letras bem elaboradas , interpretações impecáveis. Duas interpretações foram primorosas, ao meu ver: André 14 Voltas, interpretando “Jack”, lembrou o falsete impecável de Ney Matogrosso e a intérprete paracatuense da música “ Sonhando entre cantos” de Rubens Soares deu um show à parte com sua voz inconfundível.
A diversidade dos instrumentos musicais trouxe um toque especial ao festival, enriquecendo os arranjos , valorizando os músicos e demonstrando que nem tudo está perdido em termos de música no Brasil, apesar de alguns estranhos ruídos que surgem no mercado fonográfico e incautos que insistem em denominá-los de música.
O Festival terminou com um momento de magia , quando compositores e intérpretes subiram ao palco e interpretaram várias músicas que fazem parte do topo da música brasileira fazendo com que os presentes dançassem celebrando esse momento glorioso.
E então, Paracatu se fez canção! Uma forma radiante de embalar a cidade de nossos sonhos, celebrando 211 anos de cultura, sabedoria e beleza!
