Kinross promove Workshop com Jornalista Caco Barcellos

whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button

A noite de ontem foi uma noite muito especial para os comunicadores de Paracatu. É que aconteceu o IV Workshop de Comunicação organizado pela Kinross: Como atração da noite o Jornalista e escritor Caco Barcellos.

Cláudio Barcelos de Barcellos, mais conhecido como Caco Barcellos nasceu em Porto Alegre no dia 5 de março de 1950. Jornalista e repórter de televisão, Caco se especializou em matérias investigativas, documentários e grandes reportagens sobre injustiça social e violência.

Durante o evento em Paracatu, Caco abordou vários temas como as variantes de uma noticia e também como fazer jornalismo investigativo. Caco de uma maneira descontraída tornou um assunto sério mais maleável e de fácil entendimento.

Caco Barcellos aproveitou para deixar uma mensagem diante a reportagem do Paracatu.net para toda a sociedade paracatuense: Segundo ele o mais importante para você ai de casa que queira vencer na vida, seja como jornalista ou mesmo como qualquer outro tipo de profissão NÃO DESISTA. Sempre tenha em mente que você deve estudar muito e sempre tenha foco. Pessoas com foco podem não ser recompensadas imediatamente, mas a recompensa sempre chega.

Caco Barcelos fez questão de ressaltar a necessidade de se analisar muito bem uma pauta e com muita seriedade "fazer" as reportagens. Questionado sobre a sua visão acerca do seu legado frente a tantas reportagens especiais na Rede Globo, Caco mostrou mais uma vez o seu maior talento, a humildade: “-Acredito na importância do meu trabalho, mas, acredito mais ainda na importância da minha profissão. Eu sou muito feliz fazendo o que faço e me motivo sabendo que influencio outras pessoas a também sentir esse gostinho de fazer um jornalismo de qualidade.” disse o Jornalista.

“-Tenho a oportunidade de ver coisas novas todos os dias, conhecer pessoas novas e depois contar pros outros através de uma reportagem, por isso, aprendi a dar valor à verdade das pessoas que estão nas ruas.” Finalizou Cláudio Barcelo de Barcellos.

Mais sobre Caco Barcellos

Nasceu na periferia de Porto Alegre, na Vila São José do Murialdo, onde desde menino testemunhou a brutalidade policial que ainda domina alguns setores da corporação. Foi taxista e mais uma porção de coisas antes de se tornar repórter. Começou no jornalismo como repórter do jornal Folha da Manhã, do grupo gaúcho Caldas Júnior. Teve atuação destacada nos veículos da imprensa alternativa dos anos 1970. Foi um dos criadores da Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre e da antiga revista Versus, que apresentava grandes reportagens sobre a América Latina.

Antes de trabalhar para a Rede Globo, foi repórter dos maiores jornais do Brasil e das revistas de informação semanal IstoÉ e Veja. Ainda quando trabalhava no jornalismo impresso, no fim dos anos 1970, foi correspondente internacional em Nova Iorque. Durante seis anos apresentou um programa semanal na Globo News. A partir de 2001 passou a atuar como correspondente internacional em Londres, para a TV Globo.

É um dos repórteres mais famosos da televisão brasileira, com mais de vinte anos de atuação no Globo Repórter, Fantástico, Jornal Nacional e no Profissão Repórter.

Obras

É o autor do livro Rota 66, que lhe custou oito anos de pesquisa, muitas noites de insônia e várias ameaças e que fala sobre a polícia que mata em São Paulo. A investigação levou à identificação de 4.200 vítimas, entre jovens e deliquentes, mortos pela Polícia Militar de São Paulo. Depois do lançamento do livro, Caco passou um período fora do Brasil, pois sua vida corria risco – o livro irritou profundamente algumas esferas, sobretudo a dos coronéis da polícia militar.

Seu terceiro livro, Abusado, o dono do morro Dona Marta, é um relato do tráfico nos morros cariocas, de como "nascem" os traficantes e do relacionamento entre eles e a comunidade. O livro é uma reportagem escrita em forma de romance, e esteve mais de um ano na lista dos mais vendidos do Brasil. Assim como o Rota 66, o Abusado faz parte do currículo escolar de várias escolas da periferia de grandes cidades brasileiras, e é indicado pela Faculdade Cásper Líbero como leitura obrigatória para os estudantes que prestam o vestibular, ao lado de duas outras obras clássicas da literatura nacional, como Vidas Secas de Graciliano Ramos, e Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa.

Caco também é o autor do livro Nicarágua: a Revolução das Crianças, sua primeira obra editorial e pouco conhecida, sobre o movimento sandinista que tirou a Nicarágua das garras da ditadura de Anastasio Somoza. Ele cobriu a guerra como free-lancer e foi refém dos sandinistas (na verdade, de um grupo de garotos). Temia por sua vida, porque se a revolução fracassasse, ele poderia ser morto junto com os insurgentes. Mas tudo deu certo e o resultado foi um belíssimo livro, tocante e motivador. Com a narrativa peculiar de Caco, ele prende o leitor até o final – o que também acontece com os espectadores do brilhante profissional.

Em 2007, Caco Barcellos escreveu a peça de teatro, Ösama, The Suicide Bomber of Rio (Osama, Homem Bomba do Rio), para o projeto Conexões, do National Theatre of London.

Prêmios

Caco foi vencedor de mais de vinte prêmios por reportagens especiais e documentários produzidos para televisão, entre os quais dois prêmios Vladimir Herzog, um pela reportagem sobre os vinte anos do atentado militar deflagrado no Riocentro durante as comemorações do Dia do Trabalho e o outro, em 2003, pelo livro-reportagem: Abusado, o dono do morro Dona Marta[1].

Seu livro Rota 66, a história da polícia que mata, rendeu-lhe em 1993 o prêmio Jabuti, um dos mais prestigiados do país, na categoria reportagem, e mais oito prêmios de direitos humanos.

Com Abusado, o dono do morro Dona Marta, Caco Barcellos foi novamente vencedor do Prêmio Jabuti, como melhor obra de não-ficção do ano de 2004.

Recebeu em 2003 e 2005 o prêmio de melhor correspondente, promovido pelo site Comunique-se. Nos anos de 2006 e 2008, em premiação do mesmo site, foi eleito o melhor repórter da televisão brasileira.O júri foi formado por 60 mil jornalistas, que fizeram a escolha por meio de voto livre pela internet. Ainda em 2008, recebeu o Prêmio Especial das Nacões Unidas, como um dos cinco jornalistas que mais se destacaram, nos últimos 30 anos, na defesa dos direitos humanos no Brasil.

Foto: Rubens Martins

XMCred Soluções Financeiras
whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button