A movimentação começou logo cedo, às 08:00 horas da manhã, momento em que os portões dos dois cemitérios locais – Cemitério Alto da Colina e Cemitério Santa Cruz – foram abertos.
Logo na primeira hora de visitação aconteceu a primeira missa. Muitos tiveram que acompanha-la do lado de fora das capelas dos cemitérios. As missas transcorreram durante todo o dia em horários previamente demarcados. A tradição das velas e flores foi mantida. Ao longo dos cemitérios um “mar” de flores era avistado.
Do lado de fora uma equipe do Centro Espírita Fé, Esperança e Caridade aguardava os visitantes: mensagens de conforto foram distribuídas e livros que explicam a doutrina espírita foram postos a disposição dos que demonstrassem interesse em aprender mais.
O dia foi usado por alguns também como fonte de renda: muitos estavam nas portas comercializando flores dos mais variados preços: de R$1,00 a mais simples a até a mais sofisticada por R$30,00.
A visitação acabou às 20:00, momento em que os portões foram fechados.
Segundo arquivos da igreja católica, desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos. Eles costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio.
No século 4º, já foi introduzida a Memória dos Mortos na celebração da missa nesta data e desde o século 5º, a Igreja Católica dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava.
Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos. Porem foi no século XIII que este dia passou a ser comemorado na data de dois de novembro, já que no dia primeiro de novembro é a festa de “Todos os Santos”.
Para quem não sabe, o Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.
Imagem nº1: Cemitério Santa Cruz
Imagem nº2: Cemitério Alto da Colina
