A presidente Dilma Rousseff participou na última semana das homenagens do Dia de Tiradentes, em Ouro Preto (MG), e traçou paralelos entre a luta dos inconfidentes mineiros no século 18 e o combate à ditadura militar (1964-1985).
Os restos mortais de três inconfidentes foram sepultados ao lado de outros mártires no museu que existe na cidade em homenagem ao movimento.
O museu fica em frente à praça onde partes do corpo de Tiradentes foram expostas à população em 1789.
Dilma lembrou que os inconfidentes que tiveram os corpos recém-sepultados morreram na África e disse: "Eles foram exilados por haverem se atrevido a desejar um Brasil independente. Na nossa história, muitos tiveram que se exilar por desejar também liberdade e democracia".
A presidente disse ainda que cada conquista do povo brasileiro é reflexo do sonho dos inconfidentes e lembrou de sua prisão pelos militares.
"Os brasileiros e brasileiras que, como eu, sofreram na pele os efeitos da privação de liberdade sabem o quanto a democracia institucional faz falta quando desaparece."
Após a cerimônia, a presidente, ministros e outras autoridades seguiram para um almoço na fazenda do ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, onde a Presidenta se deliciou com várias especialidades da cozinha mineira, como pernil de leitoa caipira, taioba e purê de banana da terra e entre as sobremesas oferecidas, doce de leite fabricado em Paracatu.
Segundo nosso contato na assessoria de imprensa do Palácio da Liberdade a presidenta elogiou a delícia de Paracatu e brincou que “Queria levar essa delícia pra Brasília.”
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