Votorantim vai investir R$ 380 milhões em Minas Gerais

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Para garantir a oferta de metais de uso industrial num cenário de manutenção do crescimento econômico do Brasil, particularmante da construção civil e do setor automotivo, a Votorantim Metais anunciou, nesta terça-feira, investimentos de R$ 1 bilhão para este ano, dos quais R$ 900 milhões serão aplicados no país. Minas Gerais terá R$ 380 milhões em projetos de produção de zinco, bauxita (mineral do alumínio) e níquel, além de concentrar parte do desembolso de R$ 100 milhões previstos pela companhia na exploração mineral em 2011.

A empresa busca novas reservas minerais nas regiões onde já atua, em Vazante no Noroeste de Minas, Poços de Caldas, no Sul do estado e Fortaleza de Minas. "São investimentos para garantir o nosso futuro", afirmou o diretor de exploração mineral da Votorantim Metais, Jones Belther. A maior parte do programa de inversões no Brasil será de R$401 milhões no negócio do alumínio, em que a empresa lidera. As operações de níquel receberão R$ 151 milhões e as de zinco outros R$ 430 mihões.

Durante encontro com clientes do Brasil e do exterior, o diretor-superintendente da empresa, João Bosco Silva, classificou de "extremamente interessantes" para o Brasil as perspectivas de crescimento da construção civil, diante da necessidade do país de conter o déficit habitacional e dos investimentos motivados pela Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. "O Brasil vai continuar crescendo, embora a um ritmo mais moderado neste ano", afirmou o executivo.

Da parcela de 42% do orçamento de investimentos destinado a Minas, R$ 151 milhões se destinam a um novo depósito de rejeitos na unidade de Três Marias, que vai tratar não só o material gerado na atual operação como o que já estava acumulado na área da companhia. Principal destaque do negócio do zinco, o chamado projeto polimetálicos, de Juiz de Fora, na Zona da Mata, que a empresa já havia retomado, consumirá mais R$ 98 milhões na primeira etapa, prevista para entrar em operação em agosto.
Segundo o diretor da área de zinco, Ruben Marcus Fernandes, nessa fase inicial o foco está na recuperação de zinco contido em pó de aciarias elétricas, tecnologia nova no Brasil e que vai permitir à Votorantim Metais reduzir a necessidade de consumir matéria-prima importada. A produção de zinco metálico e de um metal conhecido como índio (usado na fabricação de televisores e LCD) ficará para uma etapa posterior do empreendimento.

As minerações de bauxita de Poços de Caldas, Miraí e Itamarati de Minas receberão R$ 44 milhões, grande parte deles para abertura de minas, como reposição de depósitos minerais exauridos. "São áreas novas e que têm minério para trabalharmos por mais 50 a 60 anos em Minas", disse o diretor de exploração mineral, Jones Belther.

No segmento de negócios do níquel, o principal destaque dos projetos da companhia, de acordo com João Bosco Silva, diretor superintendente da Votorantim Metais, está na produção de sulfeto de níquel em Fortaleza de Minas. A unidade, hoje trabalhando em baixo ritmo de produção própria – a companhia completa a necessidade de matéria-prima com produção adquirida da mineradora baiana Mirabela – terá investimentos orçados em R$ 46 milhões, para aumentar a sua vida útil. As pesquisas em curso na região de Fortaleza de Minas indicam que as operações podem se estender até 2018. Neste ano, a produção de sulfeto deverá saltar de 5 mil para 14 mil toneladas.

Apesar do otimismo com o crescimento da economia, a companhia decidiu manter suspenso o novo projeto de ferro-níquel traçado para Niquelândia, em Goiás. Segundo o diretor-superintendente da Votorantim Metais, com os projetos já anunciados por outras concorrentes como a Vale e o grupo Anglo American, a companhia decidiu aguardar. "Os negócios em que estamos são globais e precisamos estar sempre de olho na demanda pelos metais. Acrescentar um novo projeto neste momento criaria uma expectativa negativa sobre os preços",
justificou.

XMCred Soluções Financeiras
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