Os Professores da rede municipal de Paracatu realizaram uma manifestação pela vigência do piso salarial da classe no município, piso este outorgado no mês de janeiro pelo presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro.
Diante do impasse e uma proposta bem menor do que aquela esperada pelos docentes do município, representantes da classe reuniram-se na Câmara de Vereadores nesta quarta-feira (02/03) onde uma representante explicou de maneira didática os motivos da luta.
A Professora Virgínia Teodoro da Silva, fez uso da tribuna e iniciou sua fala fazendo questão de desvincular de partidos e do Sindicato Local que para muitos tem dificultado as negociações e impedido melhorias para os servidores em função de projetos particulares de seus dirigentes.
“-Não represento nenhuma organização sindical nem partido político, mas represento a voz de uma categoria que clama, que grita e busca pelo apoio dos srs, estamos em busca de apoio para se cumprir a lei do piso nacional do magistério,” disse a servidora da Educação.
A lei que criou o piso (11.738/08) estabelece o valor mínimo a ser pago aos profissionais do magistério público da educação básica, com jornada de 40 horas semanais. O valor é calculado, a cada janeiro, com base na comparação da previsão do valor aluno-ano do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) dos dois últimos exercícios.
De acordo com a professora Virgínia, a situação de Paracatu no que diz respeito a valorização dos Professores “é periclitante,” e apesar do município já ter sido notificado, nenhuma ação foi tomada.
“-A lei é clara quando diz que nenhum profissional do magistério pode ganhar abaixo do piso. Em Paracatu, um Professor ganha R$ 1.811,29, ou seja menos da metade do piso nacional, do direito do profissional da educação. O piso é um direito,” afirmou a Educadora que ainda deixou uma mensagem direta aos parlamentares presentes na reunião.
“-A nossa proposta é que tenhamos o reajuste de 33,24% que é o nosso direito e que vocês possam mostrar que valorizar a educação não é só ficar com falácia, não é só dizer que educação transforma o mundo. É um sinal de dignidade com o Professor.” Finalizou a Professora Virgínia.
O que dizem os parlamentares
A Vereadora Vera Lemos (SD), que é servidora de carreira do município, fez questão de enaltecer a atuação dos Professores e garantiu que estará ao lado dos servidores públicos, principalmente da área da educação. “-Temos que ser justos com aqueles que fazem o desenvolvimento do nosso país, que são os Professores.” Afimou Vera.
Muitos outros parlamentares comentaram a tribuna da representante dos Profissionais de Educação do Município, de maneira elogiosa e se comprometendo a votarem de maneira favorável ao pleito, mas a Vereadora Nilda da Associação (PSB), usou de toda sinceridade lançando dúvidas sobre a posição dos colegas parlamentares que seguem a cartilha do governo, e com tom de ironia, convocou os manifestantes a estarem presentes na Câmara no dia da votação, quando de fato os posicionamentos vão ser mais claros.
“-Pelo que vimos aqui hoje a votação e aprovação dos 33,24% vai ser muito tranquila pessoal. Peço que vocês voltem aqui no dia da votação do aumento, ” convidou Nilda.
Ainda durante a reunião, vereadores da base afirmaram que o Governo Municipal apresentará uma proposta até a próxima segunda-feira (07/03).
*Permitido compartilhamento e ou cópia desde preservada a fonte (LEI Nº 9.610/98)
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