Funcionários denunciam, mas NEXA nega surto de covid na Mina de Paracatu

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Um grupo de funcionários da Nexa, procurou a redação do FM Repórter para fazer algumas observações sobre a condução da mineradora acerca de um suposto surto de contaminação por coronavírus dentro da unidade Morro Agudo. Sob promessa de preservar a fonte, os funcionários se disseram inseguros com alguns protocolos, principalmente no que diz respeito ao fato dos infectados serem levados para unidades hospitalares em outras cidades, segundo eles, como uma forma da população não tomar ciência do que vem acontecendo no ambiente de trabalho. O temor cresceu ainda mais depois da morte do colega Davi Damasceno, 50 anos, na semana passada.

Através da Assessoria de Comunicação da Mineradora (ASCOM), que fica em São Paulo,  a Nexa alegou que  “o funcionário que faleceu estava afastado das suas funções desde o dia 1º de março, quando foi diagnosticado com a doença.  A companhia disse lamentar a perda e que está prestando todo o apoio e suporte necessário á família, por meio do seguro de vida e trâmites de rescisão por falecimento. Isso, diga-se de passagem, já é um direito da família garantido em lei.”

Os funcionários da Nexa nos disseram que cerca de 40 colaboradores foram contaminados ao mesmo tempo, porém, a mineradora nega a existência um surto de Covid-19 nas suas operações. Mas admitiu que 11 colaboradores testaram positivo assintomáticos, entre as 1.277 pessoas testadas, e  foram afastados imediatamente das suas funções.

Recentemente, segundo a ASCOM da Nexa, deu-se início a busca ativa de casos de coronavírus, com a testagem semanal por meio de testes rápidos de antígeno em 100% do seu efetivo direto e de empresas parcerias e que conserva rígidos protocolos sanitários, além de manter parte dos funcionários em Home office. 

Além do caso de Davi Damasceno, outro colaborador também precisou de internação, mas já está curado e em casa.

A remoção de funcionários da mineradora, que precisam de internação, para outras cidades, é também um fato que vem intrigando. Trabalhadores imputam o procedimento ao fato da mineradora querer esconder os casos da população. Outra observação feita por eles com relação a isso, é a família não ter acesso às informações sobre o ente transferido.

Este é outro fato negado pela mineradora que afirma que a remoção para Brasília ou para qualquer outro lugar do país é parte do plano de contingência para tratar os casos moderados e graves dos trabalhadores. A Nexa explica que utiliza uma  rede nacional do plano de saúde corporativo e que a Secretaria de Saúde de Paracatu é informada quando há comprovação de infectados pelo coronavírus dentro da unidade. Acrescentou ainda que todo colaborador diagnosticado com a Covid-19 é imediatamente afastado de suas funções e recebe um protocolo de isolamento e de desinfecção de ambientes. O acompanhamento pela equipe médica da companhia é dado ao colaborador, mas pode ser estendido a toda família dele. 

Estão aí as reclamações e inseguranças apontadas a nossa produção por colaboradores da Nexa e as explicações por parte da empresa.

Em 2020 a Nexa já havia sido acusada de maquiagem nos números de funcionários contaminados

Em Maio de 2020, o Ministério Público do Trabalho teve que intervir nas operações da mineradora Nexa no Município de Aripuanã. A empresa chegou a realizar 14 dias de isolamento social para prevenir a disseminação do novo coronavírus em 100% dos empregados e terceirizados que chegam ao município.

A medida foi tomada pela mineradora após um inquérito MPT constatar que dos 20 casos suspeitas de Covid-19 em Aripuanã, 14 se referiam às empresas, sendo um confirmado, em operários terceirizadas da Nexa, mas a empresa escondeu os casos das autoridades de saúde.

À época, os documentos obtidos pelo Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso revelaram que as empresas Votorantim, representante da Nexa Recursos Minerais S.A., Andrade Gutierrez e Construcap estavam maquiando o número de suspeitas da Covid-19 entre os operários. Isso gerou subnotificações dos casos na estatística realizada pelo comitê local de enfrentamento da pandemia no município de Aripuanã.

Por conta da ação do MPT, a Justiça do Trabalho paralisou as atividades da mineradora de 9 a 12 de abril sob pena de multa de R$ 1 milhão. São réus da ação as empresas Votorantim Metais Zinco S/A (representante da Nexa), Andrade Gutierrez Engenharia S/A e Construcap CCPS Engenharia e Comércio S/A.

O que diz a Nexa sobre este caso?

No inquérito, a Nexa alegou que o trabalhador infectado pela Covid-19 era da Andrade Gutierrez e foi diagnosticado com a doença no dia 27 de março. Garante que depois desse caso não houve mais trabalhadores contaminados. Ressaltou ainda que o funcionário foi isolado e não manteve contato com os demais trabalhadores, além de apresentar sintomas leves da doença. 

Sobre os outros casos suspeitos apontados pelo MPT e pela Secretaria de Saúde, a empresa disse que não viu necessidade de reportá-los, já que “nenhum deles apresentava os sintomas identificados pelo Ministério da Saúde como sendo os próprios da moléstia”.

A Nexa destacou que tem colaborado “fortemente com os órgãos públicos em relação às medidas necessárias ao combate do coronavírus”. Também ressaltou a celebração de um “Pacote de Cooperação Nexa e Prefeitura de Aripuanã” que fora feito no dia 24 de março contendo medidas rigorosas de prevenção e cuidados para evitar qualquer tipo de contágio ou disseminação do coronavírus.
 
Fonte: FM Repórter / MPTMT / Márcio Camilo

*Permitido compartilhamento e ou cópia desde preservada a fonte  (LEI Nº 9.610/98)
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