Falta de chuvas em maio não afeta 2ª safra de milho em Minas

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Apesar do monitoramento agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ter apontado para um baixo índice pluviométrico em maio, o que poderia ser prejudicial ao desenvolvimento da segunda safra de grãos, em Minas Gerais, o desenvolvimento da safra de milho, até o momento, segue dentro do estimado pelo setor nas principais regiões produtoras.
A estimativa é colher um volume do cereal 8,6% superior ao registrado em igual período produtivo do ano passado.
De acordo com os dados da Conab, em partes de Minas Gerais, assim como visto em algumas regiões do Paraná, do Mato Grosso do Sul, de Goiás e em quase todo o estado de São Paulo, o índice pluviométrico acumulado em maio não alcançou 10 milímetros, o que foi prejudicial às lavouras de segunda safra. Principalmente, às que se encontravam em enchimento de grãos.
O analista de agronegócio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Caio Coimbra, explica que, até o momento, no geral, a segunda safra de milho, que começou a ser plantada em meados de março, está se desenvolvendo dentro do esperado.
“Nós tivemos bastantes chuvas em março e abril, com índices acima da média. Isso fez com que o solo se mantivesse bem úmido. Em maio, que é um mês mais seco, tivemos algumas chuvas que beneficiaram a segunda safra. A evolução vem ocorrendo dentro do normal e a estimativa é termos produtividades bem interessantes. Em conversas com produtores, no Noroeste, Alto Paranaíba e Triângulo, que são grandes regiões produtoras de grãos, os agricultores estão vendo a segunda safra de milho com bons olhos devido ao clima favorável”, destacou Coimbra.
A estimativa da Conab é de que o Estado colha, na segunda safra, cerca de 3,1 milhões de toneladas de milho, volume que, se alcançado, será 8,6% superior aos 2,9 milhões de toneladas registradas na segunda safra do ano passado.
De acordo com Coimbra, os valores do milho mais altos ao longo da primeira safra e a estimativa de clima favorável para o atual período produtivo estimularam o plantio. No levantamento da Conab, a previsão é de que a área plantada cresça 12,6% frente a igual período da safra 2018/19, totalizando 473,5 mil hectares.
“O cenário para o milho foi muito positivo, com os preços chegando a R$ 50 (saca de 60 kg) em algumas regiões, preço remunerador para o produtor”, explicou Coimbra.
Regiões – O coordenador-técnico regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) em Unaí, no Noroeste do Estado, Walter Assunção, afirma que a segunda safra de milho na região está desenvolvendo bem. O município, segundo os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é o maior produtor de milho do Estado.
Na safra 2018/19, ele foi responsável por uma produção de 539,7 mil toneladas, distribuídas em 60 mil hectares.
“Tivemos uma pequena redução do volume de chuvas em relação ao ano passado, que foi um ano muito bom, mas isso não interferiu no desenvolvimento da safra, que está se desenvolvendo bem. Nesta segunda safra, os produtores plantaram mais em função dos preços remuneradores”, disse Assunção.
Em Paracatu, importante município produtor de milho no Noroeste do Estado, o extensionista agropecuário da Emater-MG unidade Paracatu, Carlos Henrique da Silva, explica que as chuvas, neste ano, prolongaram-se até o início de maio, o que foi positivo para a segunda safra de milho, que teve o plantio atrasado pela primeira safra.
“A safrinha está se desenvolvendo dentro do normal. Tivemos um ano em que as chuvas iniciaram mais tarde e se prolongaram até maio. Com isso, a produção segue dentro da normalidade e as expectativas são de boas produtividades”, garantiu.
Em Uberaba, na região do Triângulo, a coordenadora regional da Emater-MG, Guilhermina Severino, explica que o plantio da segunda safra de milho ocorreu no período correto e que, há cerca de 8 a 10 dias, foram registradas chuvas na região produtora. “Esta semana, os técnicos estão no campo avaliando as condições das lavouras”.
Fonte: Diário do Comércio 

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