MP instaura inquérito ao detectar problemas na barragem da Kinross em Paracatu

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou um inquérito civil público para investigar o comprometimento do aterro compactado da Barragem Eustáquio, localizada na cidade de Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais – o complexo é o maior em operação a céu aberto do Brasil. O processo foi aberto pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Paracatu e da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios Paracatu, Urucuia e Abaeté. 

De acordo com o MPMG, o inquérito foi instaurado devido à detecção de fissuras, início de processos erosivos e prováveis comprometimentos geotécnicos dessa estrutura de represamento mineral. Ao todo, a Barragem Eustáquio tem capacidade para 750 milhões de metros cúbicos, do quais 143 milhões já estão sendo utilizados para armazenar rejeitos da mineração – a estrutura está em operação desde 2010.

“Destaca-se, inclusive, que os complexos de barragens são os maiores existentes no país, em operação a céu aberto, razões pelas quais todas as medidas de reparação e de conservação de tais interesses coletivos serão requeridas e auditadas pelo MPMG”, informou o órgão.

O promotor de Justiça, Athaide Peres, destacou a preocupação que os problemas encontrados geram à população. “Os fatos ocorridos são preocupantes, em decorrência do volume de rejeitos da mineração aurífera armazenados na conhecida barragem de Eustáquio. Providências imediatas de órgãos de controle, como ANM, FEAM, SEMAD, NEA e Defesa Civil Estadual e Municipal já foram requisitadas. Com tais averiguações técnicas, providências serão tomadas pelo MPMG no resguardo dos interesses ambientais e sociais da região do Córrego Rico e do Vale do Paracatu”, informou.

Por meio de nota, a Kinross afirmou que a barragem encontra-se estabilizada e sem qualquer comprometimento em sua estrutura e que a segurança da estrutura é atestada por especialistas nacionais e internacionais.

Segundo a empresa, as alterações encontradas são “resultado de um processo erosivo superficial e pontual causado pelas chuvas recentes na região”. A mineradora também mencionou que as erosões já haviam sido identificadas pelas equipes de monitoramento e as ações corretivas já foram realizadas.

“As barragens da empresa possuem laudos técnicos que atestam sua estabilidade e são fiscalizadas por instituições públicas federais, como Agência Nacional de Mineração (ANM), e estaduais (IGAM, FEAM e SUPRAM)”, finalizou.

Fonte: Ass. Com. MPMG / EM

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