Dario Alegria, Craque Paracatuense dos anos 70 é destaque no Jornal de Brasília

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O que o futebol candango teria a ver com o cantor Frank Sinatra? Absolutamente, nada. Certo? Forçando a barra, pode-se dizer que tem. Ambos investiram no atacante Dario Paracatu, que foi ajudante de pedreiro durante a construção da capital brasileira e jogou pelos times do Rabello, na época dos primeiros torneios candangos, e do Club, em 1974.

Jurandir Dario Gouveia Damasceno dos Santos, nascido em uma área de quilombo chamada Buriti do Costa (05.04.1944), em Paracatu-MG, defendeu seleção brasiliense, em 21 de abril de 1961, contra o Santos (sem Pelé), e agradou tanto ao treinador Augusto da Costa (capitão do selecionado brasileira da Copa do Mundo-1950), que este, rápido, o encaminhou ao Vasco da Gama.  Mas, como o “Almirante” demorou a acertar a vida do rapaz, ele foi acontecer no América Mineiro (1964/65). Chegou a jogar com o Tostão de início de carreira. E aprontou tanto na “Toca do Coelho” que o Palmeiras o levou para fazer o mesmo em gramados paulistas (1965 a 1967), o que ficou registrado por 26 vezes no placar de 82 partidas, com cada batida na rede tendo o som de uma canção, como poderia exagerar um cronista maluco, em um roteiro para um conto surrealista.

Na real, Dario foi campeão do Torneio Rio-São Paulo-1965, do Campeonato Paulista-1966 e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa-1967 (pelo Palmeiras); campeão carioca-1969 (pelo Fluminense) e campeão mineiro-1971 (pelo América-MG). Também, vestiu as camisas do escrete canarinho (1965), quando os palmeirenses representaram o Brasil nos 3 x 0 Uruguai (festejos de inauguração do Mineirão, em Belo Horizonte); do Flamengo; do Botafogo de Ribeirão Preto-SP; da Caldense-MG, do Vila Nova-GO e do Olaria-RJ.  No Paulistão-1965, em “Verdão” 5 x 1 Santos, com Pelé e tudo, e ele foi o “cara”, marcando três gols. Arrumava o caminho para um voo com horizonte maior – atualmente, Dario vive em Paracatu, trabalhando para o Instituto de Defesa da Cultura Negra Afrodescendente Fala Negra.

Dario chamou as defesas mexicanas pra dançar o “samba da rede”, por duas temporadas, sacudindo a galera. Mesmo não sendo ao som de Francis Albert Sinatra, que não chegava às arquibancadas.
Fonte/Foto: Jornal de Brasília 
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