Escassez: Captação de água no Ribeirão Sta Isabel deve durar menos de 20 dias

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Se não houver mudança na previsão do tempo, dia 21 de setembro é a data limite para que possa haver captação de água no Ribeirão Santa Isabel, principal manancial de abastecimento de Paracatu e com isso a população deve enfrentar mais uma vez a escassez e a crise hídrica como aconteceu em 2017.


Segundo os dados da estação da ANA localizada no ponto de captação da Copasa e que pode ser acessado pelo link snirh.gov.br/hidrotelemetria/gerarGrafico.aspx, estação: 42255500, em pouco tempo o ponto de captação atingirá a cota de corte que é de 145 cm, quando cessará a captação de água para fornecimento a cidade de Paracatu.

Buscamos informações com especialistas e em entrevista à nossa reportagem, o Professor Enoque Pereira da Silva, Especialista em recursos hídricos, confirmou que, “segundo pesquisas recentes, o nível do Ribeirão Santa Isabel – principal fonte de captação da Copasa – apresenta hoje capacidade hídrica para menos de 20 dias, sendo assim, matematicamente e baseado na baixa da vazão a partir do dia 21 de setembro já existe o risco eminente de falta de água e consequentemente problemas de fornecimento como aqueles enfrentados em 2017,” explicou o Professor Dr. Enoque Pereira da Silva

Além crítica, a situação já está fora do previsto na legislação pois, “a Copasa teoricamente seria obrigada a deixar uma vazão residual de 50 % da vazão, mas pelo nível que se encontra atualmente essa obrigação não está sendo comprida,” afirmou Enoque.

Questionada a assessoria de imprensa da Copasa enviou nota repetindo os argumentos apresentados desde 2017 à CPI da Copasa, porém, dilatando os prazos e fugindo da questão central do nosso pedido de informação que era a data limite para captação no Ribeirão Santa Isabel.

Com relação ao reservatório de acumulação o prazo apresentado em reunião com o Prefeito era outro e no relatório da CPI da Copasa consta documento afirmando que o reservatório estaria pronto até março de 2019, o que evidentemente não aconteceu.

Na nota enviada à nossa reportagem, a empresa diz que para esse ano de 2019, apenas emitirá a ordem de serviço para construção do reservatório, contudo não explicou de onde virá a água para encher tão reservatório pois a Copasa tem  outorga para apenas 144 L/s, insuficiente para encher o reservatório ou “piscinão”. Se a alternativa for bombear água do rio escuro, então a obra de bombeamento já deveria estar pronta, mas para essa obra não foi apresentado prazo e pelo visto vai demorar muito.

Poços artesianos ainda não estão em funcionamento

A Copasa afirma ainda que foram perfurados construídos 12 postos artesianos, porém, no relatório da CPI consta que nenhum dos poços perfurados estão em funcionamento pleno, ficando sobrecarregados apenas os poços do Santana, na Rua Honório Silva, no Bairro Santana.

Algumas obras de melhoria prometidas não foram iniciadas

Das 33 obras planejadas para a cidade de Paracatu, apenas a obra de setorização foi iniciada e a previsão de conclusão segundo o cronograma apresentado à CPI da Copasa era março de 2019, no entanto até o momento, aproximadamente 50% da obra foi concluída.  Essa obra permitiria apenas facilidade no racionamento pois permitiria o fechamento de registros em alguns pontos da cidade e não há nada de significativo no que diz respeito a captação e armazenamento de água.

Para especialistas consultados por nossa reportagem, obras pequenas e soluções simples “poderiam ter amenizado ou até mesmo resolvido o problema,” se tivessem sido feitas conforme o cronograma “há 20 anos atrás.”

“-Não existe nem ao menos um gerador na estação de captação para evitar problemas com falta de energia e as condições do local também não são adequadas. Sem dúvida, a população foi e está sendo tratada com total descaso” afirmou Dr. Enoque.


Segue nota da Copasa na integra

A Copasa informa que constantemente realiza obras de melhoria no sistema de abastecimento de água de Paracatu. No momento, a Companhia está executando as obras de setorização do sistema. Com investimento da ordem de R$8 milhões, a previsão para conclusão dessas obras é até dezembro de 2019.

O empreendimento compreende a instalação de registros em pontos estratégicos da malha de distribuição de água, além da instalação de reservatórios e estruturas responsáveis pelo transporte da água, como redes, adutoras e elevatórias.

Ainda para 2019, também está prevista a emissão da ordem de serviço para a implantação do reservatório estratégico de acumulação de água bruta, com capacidade de armazenar aproximadamente 800 mil metros cúbicos. A estrutura, que demandará um investimento de mais de R$ 5 milhões, irá armazenar água proveniente do ribeirão Santa Isabel, que será utilizada no abastecimento da cidade, durante o período de estiagem.

A Companhia também informa que, atualmente, Paracatu possui um total de 22 poços, sendo que 12 deles foram perfurados em 2017. Dentre o total de poços perfurados durante os anos de atuação da Companhia no município, 12 apresentaram vazão e estão interligados ao sistema de abastecimento, funcionando em paralelo à captação do ribeirão Santa Isabel. Para garantir a captação de água necessária para o abastecimento da cidade, a Copasa ainda prevê medidas de médio e longo prazo, como a implantação de uma nova captação no ribeirão Escurinho.

Copasa – Assessoria de Imprensa




Fonte: http://www.snirh.gov.br
Foto: 2017 Relatório da CPI da Copasa
XMCred Soluções Financeiras
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