Na 'última sexta-feira (13/04), a Polícia Civil, através de investigação das Agências de Inteligência das Delegacias Regionais de Paracatu e de Unaí e da Delegacia de Polícia da comarca de João Pinheiro, prendeu J. C. R. M. – 30 ANOS e C. G. L. L. – 26 ANOS, suspeitos de tentarem extorquir um empresário da cidade de João Pinheiro/MG.
De acordo com a investigação policial, a vítima e seus familiares vinham recebendo mensagens ameaçadoras de um número telefônico do estado do Rio de Janeiro, as quais se diziam serem enviadas de um suposto membro da organização criminosa “Comando Vermelho”, exigindo que fossem pagos boletos bancários cujas linhas digitáveis também eram encaminhadas às vítimas através das mensagens.
O teor das mensagens trazia informações pessoais das vítimas e fotos destas e de alguns familiares, acompanhadas de fotos de cadáveres.
Amedrontada, a vítima procurou a Polícia Civil e informou os fatos, tendo início a investigação policial através das Agências de Inteligência de Paracatu e Unaí, que atendem a comarca de João Pinheiro.
Durante as investigações os policiais descobriram que o número telefônico que utilizava o DDD (21) estava na cidade de João Pinheiro e coincidentemente, após o registro policial as ameaças cessaram.
Prosseguindo as investigações, descobriu-se que um dos suspeitos poderia ser o filho de um funcionário de confiança da vítima, apurando-se ainda, a participação de sua namorada na prática criminosa.
Na última sexta feira, a dupla foi presa após a representação pela decretação das prisões temporárias, sendo localizado no interior da residência do suspeito J. C. R. M. o aparelho celular e o chip utilizado para envio das mensagens extorsivas, ainda com estas arquivadas em seu interior.
Na delegacia de João Pinheiro, J. C. R. M. acabou confessando a autoria do crime de extorsão.
Após cumpridos os mandados de prisão, ambos suspeitos foram encaminhados para o Presídio de João Pinheiro, onde permanecerão presos aguardando julgamento.
O crime chamou a atenção dos investigadores pela modernidade e forma como foi praticado. Para tentar despistar a ação policial, o suspeito utilizou-se de um emulador de sistema operacional Android que enviava as mensagens para o Whatsapp da vítima. Além disso, foram emitidos boletos de cobrança através de site de compras e vendas da internet utilizando-se de dados subtraídos de vítimas, obtidos também pela internet.
A Polícia Civil alerta a população para tentativas de golpes desse tipo e pede para que qualquer ameaça recebida, ainda que por redes sociais, seja imediatamente comunicada aos órgãos policiais e registrada a ocorrência para o início das investigações.
A operação foi coordenada pelos delegados Carlos Henrique Gomes Bueno e Anderson Rosa da Silva e contou com o efetivo das Agências de Inteligência de Paracatu e Unaí, além de toda equipe de investigadores de João Pinheiro.
Fonte: Ass. Com PCMG