Capitaneados pela experiência política do Presidente Ragos Oliveira (PT) com quase 20 anos de vida pública, sua grande facilidade de acesso aos governos Federal e Estadual e uma grande motivação dos Vereadores que tem sido bastante cobrados pela população, a Câmara Legislativa tem feito papel de governo em Paracatu.
Diante de tantas dificuldades encontradas pela administração municipal nos últimos anos e motivados por uma certa pressão popular que tem aumentado a cada dia, os Vereadores de Paracatu tem protagonizado uma situação atípica na história de Paracatu, em muitos casos, o Legislativo tem feito papel do Governo.
Até mesmos os mais ferrenhos defensores do Governo Condé admitem que “são muitas as dificuldades encontradas para se fazer qualquer coisa” na administração municipal de Paracatu e segundo secretários de Governo “não é surpresa que a Câmara tenha conseguido fazer mais pela cidade do que a Prefeitura.”
Apesar do Governo Condé estar em seu 2º mandato, no 6º ano à frente do Governo Municipal, até mesmo o Secretário de Planejamento admitiu em um programa de rádio que “estão organizando a casa para tentar fazer melhor”.
Diante da inércia, muitos parlamentares não tem tido paciência e mesmo dentro das limitações do cargo de Vereador tem buscado apoio a nível estadual, federal e até mesmo na iniciativa privada para resolver questões demandadas pela população.
Na última segunda-feira (19/03), depois de um embrólio que começou com uma licitação cancelada por suspeita de fraude e o risco dos estudantes da zona rural ficarem sem aula devido à falta de transporte escolar, mais uma vez a Câmara assumiu o desate do nó e vice prefeito e secretários vieram se reunir com as partes interessados no plenário do legislativo.
Outro fator que evidencia essa inversão de valores são as obras que estão andamento no município. Com exceção do Centro Administrativo, que é contratado de uma empresa privada, as obras que estão sendo realizadas pelo município, foram iniciadas depois da intervenção e até mesmo do repasse de recursos financeiros do legislativo, com acordos políticos costurados entre os poderes.
Na última reunião da Câmara, durante discussão do problema dos transportadores que prestam serviço para a Secretaria de Educação, o Vereador Pedro Adjuto (PHS), que faz parte do bloco que dá sustentação ao Prefeito Condé chamou atenção para a dificuldade do Governo em tratar de assuntos considerados “simples” como uma licitação. “-Um governo que perde a capacidade de diálogo, toma um rumo sem volta. É preciso conversar para resolver isso. Vamos conversar com os transportadores e vamos pensar nos alunos,” intimou Pedro.
Anteriormente, o Vereador Silvio Magalhães (PTB) já havia dado um alerta: “O barco do governo está afundando. O Barco está a deriva, isso é a verdade!”
