Spagnuolo diz que “o povo precisa saber da verdade” sobre crise hídrica

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O Professor Marcos Spagnuolo, ocupou a tribuna da Câmara para falar sobre a crise hídrica em Paracatu e apresentar seus estudos sobre o problema secular que afeta o município de Paracatu. Ele criticou a reportagem exibida pelo programa Globo Rural, da Rede Globo e o ambientalista Antonio Eustáquio que acompanhou a produção.
“-A reportagem sobre a diminuição progressiva das águas do rio Paracatu salienta que as águas estão diminuindo devido a escassez das chuvas. Ficou claro, que tanto os agropecuarista e a mineradora interessam em esconder a verdadeira causa da ausência de chuva. O objetivo foi  desviar a atenção do povo com o intuito de indicar que a falta da água em nossa região não é causada pela agropecuária e nem pela mineração, culpando somente a natureza. Pela reportagem, nota-se que apenas a natureza é a culpada e todos os malefícios devem ser creditados a ela e não a ganância humana, ” afirmou Spagnuolo.
Para o Professor, o problema “tende agravar”, pois, segundo ele, “além da destruição do cerrado, que inviabiliza a chegada da água da chuva no subsolo, a diminuição drástica das reservas subterrâneas e a retirada da água do subsolo através dos poços artesianos que alimentam os pivôs de irrigação formam o cenário que levará a desertificação.”  “-O agronegócio e mineradoras representam aproximadamente 90% do consumo de água do município, sendo que a população consome em média apenas 10% da água extraída,” assinalou.
Spagnuolo sugeriu ainda que “os poços artesianos devem ser confiscados, inclusive os clandestinos, que devem ser colocados à disposição do município para abastecer a comunidade.” “-Cada poço particular deve receber um hidrômetro e os proprietários devem ser tarifados para não favorecer apenas os mais ricos.”
O Professor fez uma linha do tempo de “relatórios, audiência, planos municipais e outros momentos” que segundo ele mostram que as autoridades e responsáveis “não foram pegos de surpresa.”
“-No ano de 2006, há mais de 10 anos atrás, foi realizado um extenso levantamento para o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do rio Paracatu destacando que as veredas, lagoas marginais e cursos d’ água e áreas de preservação permanentes já estavam sendo prejudicadas por utilização exaustiva de suas águas para irrigação em toda a bacia hidrográfica,” lembrou.
Ao final de sua tribuna, Marcos Spagnulo fez uma previsão preocupante e ainda “cutucou” as autoridades responsáveis pela gestão do município: “-o nosso problema tende a aumentar e com essa destruição a desertificação vai ser inevitável.”
“-O conflito a respeito da água tende a agravar e o comprometimento da água com a agropecuária e mineração é cada vez maior. A solução para resolver a problemática da falta de água está nas mãos dos representantes do povo. Que os senhores não nos decepcionem como tem feito até hoje,” desabafou o professor.
“Os Vereadores foram os únicos que fizeram alguma coisa”
O Presidente da Câmara, Vereador Ragos Oliveira (PT), não gostou do que ouviu e defendeu a casa legislativa.
“-Eu nunca vi tanta covardia e falta de informação em uma fala como essa de hoje, que foi no mínimo desonesta quando o professor atribui aos Vereadores a responsabilidade da crise da falta d’água. A Câmara foi a única instituição que fez alguma coisa e tem feito muito durante todo esse tempo,” afirmou Ragos, que continuo a sua fala, relatando as ações desenvolvidas pela Câmara e  lembrando o legado de lutas do ex-Vereador João Macedo, contra a captação irregular de água, alertando a população em campanhas contra o desperdício e notificando município e Copasa sobre os riscos do desabastecimento.
“-Desde o ano 2000 que essa casa tem produzido relatórios e encaminhados à Prefeitura e a Copasa. Só neste ano foram 3 convocações. Lembro ainda que desde 2013, o ex-Vereador João Macedo falava nisso e levou o caso até ao Ministério Público,” Justificou o Presidente que voltou a falar da instalação da “CPI da falta d’água” para identificar os responsáveis pelo caos que se instalou em Paracatu.
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