Geralmente no final do ano, se intensifica uma modalidade de golpe que usa a “boa fé” das pessoas, quando estelionatários usam o nome de entidades para pedir doações.
Acontece que a tradição do final de ano está se estendendo e estelionatários estão agindo o ano inteiro, se aproveitando da boa fé das pessoas para pedir doações inventando um nome qualquer de entidade beneficente ou mesmo se fazendo por representante de alguma que realmente existe em outras cidades e até mesmo em Paracatu.
Neste início de ano em Paracatu já recebemos relatos de pelo menos 6 casos neste sentido. O telefone é o meio mais fácil, as pessoas ligam, dizendo que precisam de ajuda em dinheiro para crianças de um orfanato, idosos do lar dos velhinhos, deficientes ou dependentes quimicos em recuperação internados em instituições diversas.
Muitas pessoas se dispõem a ajudar e os estelionatários acham nisso uma boa ocasião para obter dinheiro de maneira ilícita. Muitas vezes quem é enganado nem se dá conta disso, a pessoa pensa que fez uma boa ação quando na verdade foi presa fácil para os vigaristas.
Além do telefone, também já está acontecendo o contato presencial. Alguns “suspeitos” não estão fazendo cerimônia e ganham a vítima cara a cara, na lábia mesmo, mostrando panfletos de entidades que as vezes até existem e que eles colocam em uma prancheta e inventam os argumentos.
Na última semana, por coincidência, compareceu em nosso escritório, um jovem com uma prancheta na mão que pedia doação para uma clínica de recuperação localizada na cidade de Patrocínio e outra em Patos de Minas. Até aí tudo bem, pois nós sabemos o quanto essas instituições precisam de ajuda para fazer um trabalho que o “governo” não alcança e no fundo. Precisamos ajudar, mas no nosso caso, damos prioridade às entidades da nossa cidade que passam por dificuldades iguais ou piores.
Nossa reportagem consultou o nome da entidade na internet e foi feito um contato para saber mais sobre o trabalho. As informações foram bem divergentes daquelas passadas pelo captador de recursos. A entidade é particular, não oferece vagas “sociais” como o arrecadador disse e ainda por cima desconhecia qualquer tipo de campanha bem como representante que visitava empresas e abordava pessoas pedindo doação.
Que isso sirva de exemplo mas, que não te impeça de ajudar.
Existem organizações filantrópicas idôneas, muito sérias, muito conhecidas e de grande respeito em nossa comunidade. Tamanho é o respeito e a credibilidade que correm o risco de estelionatários usar o nome destas entidade para suas atividades ilícitas.
Você que quer ajudar, o melhor a se fazer é doar diretamente à entidade. Doações em dinheiro devem ser feitas diretamente no Escritório da entidade mediante recibo ou através de boletos que são creditados diretamente na conta da entidade, como é o caso da Campanha: “Eu sou benfeitor do Lar São Vicente” ou ainda o “Carnet Premiado” da APAE, entidades sérias e comprometida com a nossa comunidade.
A contribuição é bem-vinda para entidades sérias e que têm responsabilidade social.
Se a entidade não é conhecida por você ou não é da sua cidade, deve-se, buscar referências, pesquisar na lista telefônica, na internet para ver se a entidade realmente existe, e depois ligar para perguntar e se alguém está autorizado a pedir doações.
