Durante audiência pública na Câmara de Vereadores, em que o Secretário de Saúde foi convocado para falar sobre a implantação do prontuário eletrônico mas também respondeu a questionamentos diversos, João Batista Aparecido Soares, afirmou que “um dos maiores problemas na gestão da saúde pública de Paracatu é a Medicina Privada, a atendimento particular.”
A afirmação não só causou espanto aos presentes, pela coragem do Secretário que tocou em um assunto que na maioria das vezes nem mesmo os profissionais da área falam, mas também acendeu um estopim que encheu alguns parlamentares de razão, entre eles o Presidente da casa, Vereador Ragos Oliveira (PT) e Silvio Magalhães (PTB), que sempre repetem a frase que “a saúde de Paracatu está na UTI, principalmente o setor privado.”
“Se o homem mais rico do Brasil chegar no Hospital Municipal eu tenho que atender da mesma forma daquele mais pobre que aguarda atendimento porque o sistema único de saúde, o SUS é universal e nós não temos como pedir que ele, mesmo que tenha condições de pagar particular ou tenha convênio, vá pra outro hospital.” Explicou o gestor da saúde pública municipal.
Ao final ele ainda apresentou com bastante propriedade e certeza, as razões de sua afirmação aos presentes, causando até mesmo um minuto de silêncio e a sensação de que muitos ficaram com um nó na garganta.
“Se formos comparar Paracatu com Patos de Minas por exemplo que tem em torno de 30 mil habitantes a mais que Paracatu. Tudo que tem lá na saúde pública, nós temos em Paracatu também, mas, lá tem 5 ou 6 hospitais particulares, dezenas de clínicas e uma grande rede para atendimento a convênios e particulares, o que não tem em Paracatu.” Finalizou João Batista.
Por: Glauber César
