MP investiga vereadores em possível esquema envolvendo notas fiscais fraudulentas para aluguéis de veículos

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O Ministério Público de Minas Gerais deflagrou na manhã de hoje (10) a primeira etapa da Operação denominada “Templo de Ceres”, que tem como objetivo investigar um suposto fornecimento de notas fiscais “fraudulentas” a vereadores de Paracatu, referente a serviços de aluguéis de veículos, que na prática não foram prestados por esses fornecedores.
A Operação foi batizada como “Templo de Ceres”, pois este era o local onde os políticos na Roma antiga guardavam documentos relativos ao público, “sendo pertinente com o que era buscado hoje: documentos referentes a supostas locações, que na verdade não teriam ocorrido”, disse a Promotora de Justiça responsável pelas investigações, Dra. Mariana Duarte Leão.
As investigações estão sob responsabilidade do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), através da 3º Promotoria de Justiça de Paracatu e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
Durante toda a manhã foram cumpridos 20 (vinte) mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Criminal de documentos e outras provas em empresas, residências e principalmente na sede do Poder Legislativo (gabinetes dos vereadores). A principal denúncia é de que essas empresas forneciam notas fraudulentas e o reembolso ocorria através da verba indenizatória de gabinete.
Segunda a Promotora, Dra. Mariana, a investigação foi instaurada desde o dia 09 de março deste ano, após denúncias de movimentos populares que surgiram na cidade, como o “Movimento Mais Paracatu”. Nesse primeiro momento os materiais apreendidos foram arrecadados e agora o Ministério Público irá analisar esse material para preparar as próximas fases da operação, que deverão ocorrer no já no próximo mês.
As oitivas dos investigados iniciarão a partir de amanhã (12) onde os envolvidos poderão apresentar suas versões sobre o caso. O prazo para conclusão dos trabalhos ainda é indefinido, pois segundo os promotores o material apreendido é bastante extenso.
Até o momento ninguém foi preso. “A denúncia que recebemos englobava todos os vereadores, mas, por enquanto, alguns nomes já foram descartados. Tudo seguirá sob sigilo e a identificação dos envolvidos não será divulgada nesse momento”, disse a promotora.
O GAECO tanto de Paracatu como de Belo Horizonte atuam em conjunto no caso, pois há indícios da prática de crime organizado.
Vale ressaltar que o fato dos parlamentares estarem sendo investigados não prejudica a candidatura de nenhum deles. Uma eventual condenação sim, é que poderia prejudicá-los.
“A Câmara Municipal comunica a população paracatuense que nesta data está sendo realizada em sua sede mandado de busca e apreensão pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais. Informa, ainda, que todos os esforços estão sendo feitos para o fiel cumprimento da ordem judicial e contribuirá para que toda a investigação possa ser realizada e a verdade apurada. Esse é o compromisso da Câmara Municipal de Paracatu”. Nota emitida à imprensa na manhã de hoje, enquanto os mandados ainda estavam sendo cumpridos.
Ao término dos trabalhos o Ministério Público agradeceu o apoio recebido da Polícia Militar e de seus servidores no cumprimento dos mandados e apreensão dos materiais, tudo transcorreu dentro da normalidade prevista.
 

Por Lorranne Marques 

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