Comissão de Segurança Pública da ALMG realiza audiência pública em Paracatu a pedido do vereador Cabo Camilo

whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button
Na manhã de hoje (20) a Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) através da Comissão de Segurança Pública da ALMG realizou uma audiência pública em Paracatu proposta pelo vereador Cabo Camilo (PDT) para debater sobre o aumento da violência na região. Na ocasião estiveram presentes o presidente e vice-presidente da comissão, deputados estaduais Sargento Rodrigues (PDT) e João Leite (PSDB).
O vereador Cabo Camilo falou de sua preocupação com a segurança dos paracatuenses e destacou a importância da audiência na cidade para que os deputados escutem da própria população a insatisfação com a segurança pública para que assim possam cobrar junto ao Governo do Estado providências concretas para o problema.
Infelizmente a participação da comunidade foi mais uma vez baixa diante de um assunto tão preocupante e discutido no dia a dia em nossa cidade. Paracatu representa 50% do índice de crimes violentos de toda a região Noroeste, sendo que em segundo lugar está Unaí com 20% e em seguida João Pinheiro com 10%.
Apesar da baixa participação da população, os presentes expuseram ações emergenciais com vistas a melhorar a segurança pública do município. Entre os assuntos podemos destacar: a ampliação e regionalização das unidades socioeducativas visando mais vagas para menores infratores da região; maior estrutura logística para as polícias; ampliação do Sistema Olho Vivo; criação do Colégio Tiradentes em Paracatu; maior fiscalização nas fronteiras da cidade por onde entram drogas e armas, principalmente na Rodovia BR 040.
Duas questões discutidas por quase todos na audiência são os que o deputado Sargento Rodrigues chamou de pontos cruciais: o baixo efetivo das Polícias Civil e Militar e redução dos investimentos na área. Segundo o deputado no ano de 2014 foram investidos 376 milhões para custeio da Polícia Militar, já em 2015 esse número reduziu para 278 milhões, quase 100 milhões a menos, impactando na ponta da linha. Já na Polícia Civil o investimento caiu de 33 milhões para 04 milhões no mesmo período.
 
Programas Sociais – Outro assunto levado à pauta é a falta de grandes programas sociais para “movimentar e alimentar os sonhos das crianças e jovens e dar oportunidade/alternativa para que eles não entrem no mundo do crime”, disse o cidadão Romualdo Alves.
O professor Marcelo Pereira de Sousa também reforçou esse pedido e disse que os professores sozinhos não dão conta e que é necessário investimento em políticas públicas no social para que casos de paracatuenses como o ministro Joaquim Barbosa e o estudante Arthur Abrantes, que passou em várias universidades americanas, não sejam exceção, mas sim a regra.
 
Polícia Militar – O comandante do 45º BPM, Ten Cel Reinaldo, destacou que desde o mês de março os índices de criminalidade na cidade tem reduzido graças a Operação Saturação que conta com cerca de 30 policiais da cidade de Unaí, do Batalhão ROTAM de Belo Horizonte e do patrulhamento aéreo de Uberlândia que reforçam o policiamento na cidade.
“Ficamos 60 dias sem registrar homicídio na cidade e boa parte dos autores desses crimes foram presos. Com a Operação Saturação conseguimos reduzir em 50% o índice de crimes violentos”, reforçou o comandante.
 
Polícia Civil – O chefe do Departamento de Polícia Civil de Unaí, Marcos Tadeu de Brito Brandão, destacou as investigações e operações realizadas em Paracatu que tem resultado em prisões significativas na cidade, como a Operação Perséfone que prendeu uma quadrilha que atuava na zona rural e com isso os números estão diminuindo.
 
Presídio – O diretor do Presídio de Paracatu, José Cláudio Pereira da Silva, reivindicou investimentos no sistema prisional da cidade que há muito está sobrecarregado, já que tem capacidade para 135 presos, porém, hoje são 300 detentos. Segundo ele, presos de cidades vizinhas que estão sem presídios estão vindo para Paracatu como o caso de Vazante e Guarda-Mor. Outro problema enfrentado na unidade é a estrutura física do local que possui apenas um banheiro para os agentes, falta de alojamento e ainda viaturas sucateadas.
 
Prefeitura Municipal – O prefeito Municipal de Paracatu Olavo Condé pediu mais apoio do Estado na área de segurança pública. Segundo ele, o município investe cerca de R$ 600 mil/ano em segurança pública mesmo não sendo dever do município.
 
Providências – Todos os pontos discutidos durante a audiência formarão um relatório da Comissão de Segurança Pública que serão repassados ao Governo Estadual. O presidente da comissão apresentou alguns dos requerimentos que serão encaminhados ao executivo estadual que pedem várias providências, entre elas, a situação precária do Presídio, viaturas para o sistema prisional, a ampliação do Sistema Olho Vivo, a instalação de programas sociais, fiscalização nas fronteiras e aumento de efetivo e investimento.
“As polícias Civil e Militar tem se esforçado não apenas em Paracatu como em toda Minas Gerais, apesar dos poucos recursos. Faço ainda um apelo para que as entidades trabalhem como está acontecendo aqui na cidade, de forma conjunta e integrada. É importante que os representantes das duas se reúnam pelo menos quinzenalmente, na companhia das equipes de inteligência e planejem e executem ações”, disse o deputado Sargento Rodrigues.
O deputado João Leite finalizou dizendo que cidades como Paracatu que estão nas fronteiras com outros Estados é necessário a busca de apoio para realização de grandes operações conjuntas para efetiva redução da criminalidade.
 
Por Lorranne Marques
XMCred Soluções Financeiras
whatsapp-white sharing buttontelegram-white sharing buttonfacebook-white sharing buttontwitter-white sharing button